tag:blogger.com,1999:blog-77651126257161444642024-03-12T22:02:38.810-03:00Psiquiatria InfantilArthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.comBlogger49125tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-54291132964738365832019-12-31T23:05:00.000-03:002012-02-03T12:26:37.754-02:00Bem-vindo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFXbK90dRVAQgsvWqVDwsSkMcLnAWoCNjsu6RmkGrkOoF_z995CfizW4b166jv48srS7kuCMN29jkdX3kzsAd_L5Qh0pZkPx1zPPKUTovKOYLjmTbrXaBzMkWj92oSp4JYPWZgEfV9IyFa/s1600/AU6ON.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFXbK90dRVAQgsvWqVDwsSkMcLnAWoCNjsu6RmkGrkOoF_z995CfizW4b166jv48srS7kuCMN29jkdX3kzsAd_L5Qh0pZkPx1zPPKUTovKOYLjmTbrXaBzMkWj92oSp4JYPWZgEfV9IyFa/s200/AU6ON.jpg" width="175" /></a></div>
A Psiquiatria da Infância e da Adolescência é, possivelmente, a especialidade médica que mais exige uma prática interdisciplinar e intersetorial. Ou seja, além de um diálogo constante com outras especialidades médicas (Neurologia, Pediatria, Genética, etc.) e outras áreas da saúde (Psicologia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, etc.), Psiquiatria Infantil se relaciona intensamente com áreas como Educação, Justiça e Assistência Social.<br />
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Esse blog pretende ser um instrumento de divulgação científica na área da Psiquiatria Infantil. As postagens trarão uma análise crítica de estudos relevantes sobre comportamento infantil e transtornos psiquiátricos em crianças e adolecentes. As informações serão expostas de modo compreensível para profissionais de diferentes áreas, familiares e pacientes.<br />
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Aqui também poderão ser encontradas informações sobre <a href="http://pqinfantil.blogspot.com/p/eventos.html">eventos</a> científicos na área, dicas sobre como lidar com comportamentos difíceis e estimular o desenvolvimento das crianças, sugestões de leitura, <a href="http://pqinfantil.blogspot.com/p/links.html">link interessantes</a>, entre outras informações.<br />
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Você também pode colaborar com o blog, fazendo comentários sobre as postagens e sugerindo temas para discussão. Assine nosso feed de notícias para receber atualizações. Boa leitura!Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-64965840586050308782018-07-26T17:58:00.002-03:002018-07-26T18:00:48.263-03:00Alto uso de mídias sociais pode desencadear o TDAH em adolescentes?Recentemente foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) um importante <a href="https://jamanetwork.com/journals/jama/article-abstract/2687861" target="_blank">artigo de Ra e colaboradores</a> que observou uma associação entre uso de mídias digitais e desenvolvimento de sintomas de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) em adolescentes. A pesquisa foi comentada em diversos sites médicos e mídia leiga. O Jornal da Band veiculou matéria sobre o assunto em que dei uma entrevista sobre o estudo.<br />
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<a href="http://videos.band.uol.com.br/16474186/uso-excessivo-de-eletronicos-aumenta-risco-de-deficit.html">http://videos.band.uol.com.br/16474186/uso-excessivo-de-eletronicos-aumenta-risco-de-deficit.html</a><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dywG087g13sHdr53ohJtjP9rq_UVZOkW7H2eQ3M-9jGu-qo2CEGUQDhpQxdOlq4pZUZ-g9p5_ytHCGZ7O72' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
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Os pesquisadores conduziram um estudo observacional prospectivo em que adolescentes entre 15 e 16 anos responderam a um questionário de 18 perguntas sobre TDAH no início e aos 6, 12, 18 e 24 meses do estudo. Eles também responderam a um questionário sobre uso de 14 diferentes tipos de atividades com mídias digitais no início e aos 12 e 24 meses do estudo. Foram selecionados os alunos cujos sintomas de TDAH não eram significativos. Ao final, 2587 adolescentes foram analisados.<br />
<br />
Observe que foram estudadas as atividades com mídias (conferir redes sociais, troca de mensagens, escutar música, jogar, ler, comprar, vídeochamadas, etc.), não mídias digitais específicas (Facebook, Instagram, Whatsapp). Segundo o estudo, para cada atividade nas mídias digitais em alto uso no início do estudo haveria uma chance significativamente maior de ter sintomas de TDAH nas avaliações de seguimento. Os alunos que não faziam alto uso dessas atividades no início do estudo tiveram uma chance de 4,9% de desenvolver sintomas de TDAH, enquanto que 9,5% dos adolescentes que relataram 7 atividades de alta frequência desenvolveram sintomas de TDAH e 10,5% daqueles que relataram alta intensidade de todas as atividades desenvolveram sintomas de TDAH.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH_TlBSwshvlLQR1UBD63LEfK0swSoID0x4sNlv1lu44pXGHfTKY4O1yYdyRgKDpvA2hpTDppphuumMi8nb9Zk5WfNyEA4tC8odu2L07c9-GxMKAk6hDOZC4RMzvS3fEW3lR0aAMLVeTA/s1600/11175424612259.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="960" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH_TlBSwshvlLQR1UBD63LEfK0swSoID0x4sNlv1lu44pXGHfTKY4O1yYdyRgKDpvA2hpTDppphuumMi8nb9Zk5WfNyEA4tC8odu2L07c9-GxMKAk6hDOZC4RMzvS3fEW3lR0aAMLVeTA/s320/11175424612259.jpg" width="320" /></a>Infelizmente, não foi possível interpretar e explorar adequadamente as contribuições e limitações dessa pesquisa na reportagem acima. Então vamos discuti-las aqui, ainda que não exaustivamente. Primeiramente, como o próprio título do artigo já menciona, foi observada uma associação entre o uso de mídias sociais e o desenvolvimento de TDAH em adolescentes. Sabemos que associação não implica causalidade. Além disso, a associação é bastante modesta, apesar de significativa.<br />
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Há questões conceituais que também merecem ser discutidas. Atualmente, o TDAH é concebido como um transtorno do neurodesenvolvimento cujo desenvolvimento dos sintomas se dá precocemente na vida. Ainda que os sintomas possam não estar explícitos muito precocemente (como os sintomas atencionais, os quais dependem bastante de questões contingenciais, como demanda ambiental e suporte oferecido), espera-se que se explicitem no máximo até o início da adolescência. Ou seja, um TDAH que se desenvolve na adolescência ou na vida adulta não está contemplado no conceito atual de TDAH. Não significa que o desenvolvimento tardio de sintomas de TDAH não seja possível, mas estaríamos nos deparando ou com um problema conceitual do TDAH, ou com um quadro novo não descrito nos manuais diagnósticos atuais. E é claro que o estudo traz a importante limitação metodológica de não estar avaliando o TDAH em si, pois foi utilizado apenas um questionário auto-preenchível com os descritores do TDAH.<br />
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Um dado curioso da pesquisa é que o pico da incidência de TDAH ocorre aos 6 meses de seguimento. Nos meses seguintes de seguimento, há até uma pequena atenuação dos sintomas. Isso torna difícil atribuir às mídias um papel causal, pois se houvesse esse papel causal seria esperado que os sintomas se acentuassem progressivamente.<br />
<br />
Além disso, como os próprios autores reconhecem, o estudo não afasta a possibilidade de causalidade reversa. Pode ser que um percentual dos participantes tivesse sintomas de TDAH que não foram detectados pelo instrumento. Esses participantes com TDAH, em avaliações subsequentes, poderiam vir a apresentar sintomas em níveis detectáveis pelo instrumento. Isso pode ocorrer por uma série de razões, incluindo problemas do próprio instrumento (ex: baixa confiabilidade teste-reteste). Os participantes que eventualmente tivessem sintomas não detectados poderiam vir a preferir essas atividades mais estimulantes. Ou seja, não são as mídias que causam TDAH, mas as pessoas com TDAH que fazem uso mais frequentes da mídia.<br />
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De todo modo, o trabalho traz uma hipótese bastante importante que merece ser investigada em estudos futuros. Um dos modelos cognitivos para explicar o TDAH é o de "aversão ao atraso" (<i>delay aversion</i>), que possui sobreposição com outros constructos neuropsicológicos como o de desconto temporal (<i>temporal discount</i>). Esses modelos pressupõem que as pessoas com TDAH possuem uma grande preferência por reforços imediatos, se desinteressando (ou tendo aversão) por reforços do comportamento que sejam postergados, ainda que sejam mais vantajosos a longo prazo. Ou seja, por questões desenvolvimentais as pessoas com TDAH funcionam dessa forma, preferindo reforços imediatos. O que o estudo de Ra et al. sugere é que fornecer reforços imediatos em alta frequência pode fazer com que algumas pessoas desenvolvam a preferência por esse tipo de reforço em detrimento de reforços postergados, ainda que mais vantajosos, adquirindo um funcionamento similar ao de pessoas com TDAH. Já há alguma literatura científica demonstrando que outros fatores podem influenciar a preferência por reforços imediatos, o que torna bastante plausível a hipótese de as mídias digitais levarem a comportamentos que mimetizam o TDAH. É apenas uma questão de tempo até que surjam evidências mais robustas sobre isso, que possam vir inclusive a influenciar o conceito de TDAH e fornecer novos insights sobre seu tratamento psicoterápico.<br />
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- Ra CK, Cho J, Stone MD, et al. Association of Digital Media Use With Subsequent Symptoms of Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder Among Adolescents. JAMA. 2018;320(3):255-263. [<a href="https://jamanetwork.com/journals/jama/article-abstract/2687861" target="_blank">Link</a>]<br />
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<br />Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-49935816041837693132017-09-21T10:31:00.000-03:002017-09-21T10:31:16.230-03:00Os animais de estimação podem melhorar um pouco as habilidades sociais de crianças com autismo<br />
<div style="line-height: 20px;">
<span style="font-family: arial;"><span style="font-family: inherit;">Ter um animal de estimação em casa pode desempenhar um papel relevante no desenvolvimento das habilidades sociais de algumas crianças autistas.</span></span><br />
<span style="font-family: arial;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span>
<div style="text-align: start;">
<span style="font-family: inherit;">Gretchen K. Carlisle estudou <span style="font-family: arial;">se ter um animal de estimação na família poderia fazer a</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: arial;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRxmaK9EEIf6onrAmMH_IE-9kznDNjziKInYUkUUJPA5QraJ37-3qjY3omy_S9zuul-FtzFU91TA4msxLPEJ0oSj4UCwm_RvAzaHTnpE_LwJc6X7coi4x-H7tbr5XV1iJZzAnYS2UAB50/s1600/crianca-com-cachorro-1488224988624_v2_1920x1080.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRxmaK9EEIf6onrAmMH_IE-9kznDNjziKInYUkUUJPA5QraJ37-3qjY3omy_S9zuul-FtzFU91TA4msxLPEJ0oSj4UCwm_RvAzaHTnpE_LwJc6X7coi4x-H7tbr5XV1iJZzAnYS2UAB50/s320/crianca-com-cachorro-1488224988624_v2_1920x1080.jpg" width="320" /></a></span></span></div>
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: arial;"> diferença para crianças com autismo. Para fazer isso, uma entrevista por telefone foi realizada com 70 pais de crianças diagnosticadas com um transtorno do espectro autista. Os pais responderam perguntas sobre o apego de seus filhos ao animal de estimação e as habilidades sociais da criança, como comunicação, responsabilidade, assertividade, empatia, participação e autocontrole. As crianças e adolescentes do estudo, entre 8 e 18 anos, também foram entrevistados sobre seu apego aos animais de estimação. Todas as crianças tinham um QI mínimo de 70.</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></div>
<span style="font-family: arial;"><span style="font-family: inherit;">Verificou-se que, no total, havia 57 famílias com animais domésticos. Destas famílias, 47 tinham cães e 36 tinham gatos. Algumas famílias possuíam peixes, animais de fazenda, roedores, coelhos, répteis, um pássaro e uma aranha. O estudo não mostrou diferenças significativas nas habilidades sociais gerais ou individuais entre crianças que tiveram cães e aqueles que tinham outros animais, mas ter um cão por períodos maiores se correlacionou levemente com melhores habilidades sociais e com menos problemas comportamentais depois de considerar a idade da criança. Em comparação com as 13 crianças sem animais de estimação, aqueles que tiveram algum animal em casa mostraram um pouco mais de assertividade (por exemplo, a vontade de se aproximar ou responder a outros).</span></span><br />
<span style="font-family: arial;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span>
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: arial;">Apesar de as terapias com animais, como a equoterapia, serem bastante populares entre familiares de pessoas com transtorno do espectro do autismo, as pesquisas na área de animais de estimação para crianças com autismo é muito recente e limitada. Este</span><span style="font-family: arial;"> trabalho da Carlisle em particular possui uma série de limitações e pode ser considerado apenas como um pequeno teste de hipótese. Uma conclusão definitiva sobre o efeito benéfico seria possível apenas com um grande ensaio clínico, com randomização da amostra. S</span><span style="font-family: arial;">eria difícil fazer um ensaio </span>duplo cego e controlado por placebo com animais, mas se dev<span style="font-family: arial;">e tentar controlar os potenciais vieses o máximo possível</span>. Porém, imagina-se que talvez os animais ajudem a funcionar como uma espécie de ponte de comunicação, dando a crianças autistas algo para conversar com outras pessoas.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Carlisle GK. The social skills and attachment to dogs of children with autism spectrum disorder. J Autism Dev Disord. 2015 May;45(5):1137-45. [<a href="https://dx.doi.org/10.1007/s10803-014-2267-7" target="_blank">Link</a>]</span><br />
</div>
Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-54032107154049098752017-09-21T09:55:00.001-03:002017-09-21T10:32:55.993-03:00Celular no quarto dos filhos: um problemão pro sono!<br />
<div style="line-height: 20px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicpMBn7oQ807IpSsLsXRCgQlTovoJXMsgLCJgceUZnIrsrDeLWWxFf_E3B0iOYGrCwjf2nuVRyUzK8A3vBceghRm6ntDxf-3_W5yg1NeJa88RVkvJtfJY1L1qJA8E9T3r_pnBoLstTS1k/s1600/depositphotos_44162673-stock-photo-little-girl-lying-in-bed.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="682" data-original-width="1023" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicpMBn7oQ807IpSsLsXRCgQlTovoJXMsgLCJgceUZnIrsrDeLWWxFf_E3B0iOYGrCwjf2nuVRyUzK8A3vBceghRm6ntDxf-3_W5yg1NeJa88RVkvJtfJY1L1qJA8E9T3r_pnBoLstTS1k/s320/depositphotos_44162673-stock-photo-little-girl-lying-in-bed.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "arial";"><span style="font-family: inherit;">Um smartphone no quarto de uma criança prejudica mais o sono do que uma televisão. Os celulares modernos apresentam um problema particular, pois fornecem acesso a uma grande variedade de conteúdo muito estimulante, como jogos, vídeos, sites e mensagens de texto. Quando usados na cama, podem atrasar demais o sono. Além disso, os alertas de notificações por sons ou vibrações de mensagens recebidas podem interromper o sono.</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "arial";"><span style="font-family: inherit;"></span></span></div>
<br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: "arial";"><br /></span>
</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: "arial";">Falbe et al. estudaram os hábitos de sono de 2.048 crianças de ambos os sexos. Todos foram questionados sobre os dispositivos eletrônicos no quarto, a que horas eles foram para a cama, a que horas eles se levantaram e quantos dias eles sentiram que precisavam dormir mais durante a semana anterior. Enquanto as crianças com uma televisão no quarto dormiam 18 minutos menos por dia em comparação com aqueles que não tinham uma televisão pessoal, esse número aumentou para 21 minutos entre crianças que dormiam perto de um smartphone. Ter um smartphone disponível também estava relacionado a um horário de sono mais atrasado (37 minutos) em comparação com ter uma TV no quarto (31 minutos).</span></span><br />
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<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: "arial";">O estudo conclui que as crianças dormem menos quando dormem com um smartphone ou TV e há uma relação de dose-efeito (quanto mais tempo de tela, menos dormem). O smartphone tem um impacto maior, fazendo com que as crianças sintam que precisam dormir mais tempo.</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: "arial";">Se você ou seu filho possui dificuldades de sono, o primeiro passo é fazer uma higiene do sono rigorosa. Veja aqui mais informações sobre <a href="http://pqinfantil.blogspot.com.br/2012/02/higiene-do-sono-para-criancas-e.html" target="_blank">como ter uma boa higiene do sono</a>.</span></span><br />
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<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: "arial";"><br /></span></span>
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: "arial";"><br /></span></span></div>
<span style="font-family: inherit;">Referência: Falbe et al. Sleep duration, restfulness, and screens in the sleep environment. Pediatrics. 2015 Feb;135(2):e367-75. [<a href="http://pediatrics.aappublications.org/cgi/pmidlookup?view=long&pmid=25560435" target="_blank">Link</a>]</span>Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-55544985578205676132017-09-21T09:32:00.002-03:002017-09-21T10:34:30.769-03:00Jantar em família ajuda crianças a lidar com o cyberbulling<div style="background-color: white; line-height: 1.48em; margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; overflow: visible; padding: 0px;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: 16.96px;">As crianças que vivenciam o bullying pela internet (ou cyberbullying) são vulneráveis a problemas de saúde mental e de uso de substâncias do mesmo modo que aquelas </span></span><span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16.96px;">que são vítimas do bullying presencial. No entanto, um estudo de Elgar e </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIRsir_2FDpqC1-uyHBIHzQWCkJkPUIrIkHQU0bx_DJgVrX0UpWbJC4LlkbxH3UnuRMxsaNcMupB3Cq9UIvuwOc7NAW4_LfhyphenhyphenEvqjkRdJ0Gr71XlCFOGG9hVw_zEZw6aHPIEGD6XCFoIA/s1600/family-dinner-new-1000x570.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="570" data-original-width="1000" height="182" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIRsir_2FDpqC1-uyHBIHzQWCkJkPUIrIkHQU0bx_DJgVrX0UpWbJC4LlkbxH3UnuRMxsaNcMupB3Cq9UIvuwOc7NAW4_LfhyphenhyphenEvqjkRdJ0Gr71XlCFOGG9hVw_zEZw6aHPIEGD6XCFoIA/s320/family-dinner-new-1000x570.jpg" width="320" /></a></div>
colaboradores, <span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16.96px;">da Universidade McGill, sugere que </span><span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16.96px;">mais tempo se comunicando com seus pais pode ajudar a protegê-las dessas conseqüências prejudiciais.</span><br />
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16.96px;"><br /></span>
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16.96px;">Por exemplo, os pesquisadores analisaram dados de m</span><span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16.96px;">ais de 18 mil adolescentes em 49 escolas em Wisconsin e </span><span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16.96px;">observaram que jantares familiares regulares pareciam ajudar as crianças a lidar com o bullying pela internet. Mas eles dizem que o tempo de conversação com os pais em carros ou outras ambientes também pode ajudar a proteger contra os efeitos do cyberbullying.</span><br />
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16.96px;"><br /></span>
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16.96px;">Cerca de um em cada cinco alunos disse que eles foram intimidados na Internet ou por mensagens de texto pelo menos uma vez no ano anterior. </span><span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16.96px;">O cyberbullying foi mais comum para as meninas, para crianças que já haviam sido vítimas de bullying presencial e para aqueles que eles mesmos também haviam feito bullying com outras crianças pessoalmente. O cyberbullying tende a aumentar à medida que os alunos envelhecem.</span><br />
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16.96px;"><br /></span>
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16.96px;">Os jovens que sofreram cyberbullying são mais propensos a relatar problemas de saúde mental como ansiedade, automutilações, pensamentos de suicídio, brigas, vandalismo e uso de substâncias. Algumas pesquisas indicam que quase 20% das crianças que sofreram cyberbullying relataram um episódio de depressão, enquanto cerca de 5% relataram tentativas de suicídio ou uso indevido de medicamentos sem receita médica. Os adolescentes que costumavam sofrer cyberbullying tinham mais de o dobre de chance de se embebedarem e se envolver em brigas, vandalismo ou tinham pensamentos suicidas, e tinham mais de quatro vezes a probabilidade de terem abusado de drogas do que aqueles que nunca sofreram cyberbullying.</span><br />
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16.96px;"><br /></span>
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16.96px;">Uma pergunta de pesquisa perguntou quantas vezes a cada semana o adolescente jantava com sua família. À medida que o número de jantares familiares semanais aumentava, os problemas de saúde mental para crianças que sofriam cyberbullying diminuíram. Esse efeito positivo do diálogo familiar também foi observado mesmo nas crianças e adolescentes que não sofriam cyberbullying. Os pesquisadores não investigaram o conteúdo dos diálogos, mas o fato é que os familiares estavam passando mais tempo juntos cara a cara.</span><br />
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16.96px;"><br /></span>
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16.96px;">Os pais que têm a oportunidade de conversar com seus filhos sobre problemas de bullying devem enfatizar que não foi culpa da vítima e que a criança ou adolescente não deveria reagir ou retaliar. Quanto mais contato e comunicação houver com os jovens, mais oportunidades eles têm para expressar problemas e discutir estratégias de enfrentamento. Há pesquisas que sugerem que, de fato, <a href="https://www.livescience.com/8441-family-dinners-increase-parent-teen-communication.html" target="_blank">o jantar em família aumenta a comunicação entre pais e filhos</a>, mas há muitas variáveis confundidoras que impedem uma conclusão no sentido de que há algo de especial no momento do jantar. Muitas famílias não conseguem juntar os familiares para o jantar, mas isso não significa que as crianças ficarão prejudicadas, pois a comunicação entre os familiares ainda pode acontecer. A mensagem que vem desse estudo é: CONVERSE COM SEUS FILHOS!</span></div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: arial, sans-serif; font-size: 1.06em; line-height: 1.48em; margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; overflow: visible; padding: 0px;">
Referência: Elgar et al. JAMA Pediatr. 2014;168(11):1015-1022. [<a href="http://jamanetwork.com/journals/jamapediatrics/fullarticle/1900477" target="_blank">Link</a>]</div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: arial, sans-serif; font-size: 1.06em; line-height: 1.48em; margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; overflow: visible; padding: 0px;">
<br /></div>
Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-19292374834079817932014-09-12T09:49:00.002-03:002014-09-12T09:49:57.155-03:00O custo do autismo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBG1JhhXaAU_PKV_wwPZYcII0UQdJIl9hqEGkeTgYHU8Smy7wdZNWCac-39gcttF4OhvsT_JL0MoPqcXhH7Hl1fKT573Z6j52ZocbSP8gjtziAo2Bf_mENXv4TzUA375nmxpWFlu2MDeg/s1600/autism+ribbon.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBG1JhhXaAU_PKV_wwPZYcII0UQdJIl9hqEGkeTgYHU8Smy7wdZNWCac-39gcttF4OhvsT_JL0MoPqcXhH7Hl1fKT573Z6j52ZocbSP8gjtziAo2Bf_mENXv4TzUA375nmxpWFlu2MDeg/s1600/autism+ribbon.jpg" height="200" width="200" /></a>O autismo está geralmente associado a custos substanciais ao longo da vida para o indivíduo, sua família e a comunidade. Um estudo australiano conduzido por Horlin e colaboradores calculou os custos do autismo para uma família, a influência da gravidade dos sintomas, bem como sua relação com o atraso entre a primeira suspeita pelos pais e o diagnóstico médico formal.<br />
<br />
Um questionário foi preenchido pelas famílias com um ou mais filhos diagnosticados com transtorno do espectro do autismo (TEA), num total de 521 crianças diagnosticadas com ASD e 317 registros incluídos na análise final.<br />
<br />
Os autores calcularam que o custo médio da família de alguém com TEA foi estimado em $34.900,00 dólares australianos ao ano, com quase 90% da soma ($29.200) sendo devidos à perda de rendimentos do trabalho. Para cada sintoma adicional relatado, aproximadamente $1.400 de custo era adicionado. Embora o atraso no diagnóstico tenha tido pouca influência direta sobre os custos associados ao TEA, o atraso se associou a um aumento modesto no número de sintomas de autismo, indiretamente impactando o custo.<br />
<br />
Portanto, a demora no diagnóstico se associa indiretamente a um aumento dos encargos financeiro para as famílias. O diagnóstico precoce e o acesso adequado à intervenção melhora os resultados a longo prazo de uma criança com TEA e reduz os custos de vida para o indivíduo, sua família e a sociedade.<br />
<br />
Referência: Horlin et al. The cost of autism spectrum disorders. PLoS One. 2014 Sep 5;9(9):e106552. [<a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/pmid/25191755/" target="_blank">Link</a>]Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-89165221966048045312014-03-09T23:15:00.000-03:002014-03-09T23:15:58.424-03:00Amnésia infantil: quando nossas primeiras memórias se apagam<br />
Um estudo recente investigou o início da amnésia infantil e como ela se relaciona com o estilo narrativo materno, que é um determinante importante do desenvolvimento da memória autobiográfica. Para determinar exatamente quando as primeiras memórias de uma pessoa começam a desaparecer, os pesquisadores registraram as respostas de mais de 80 crianças de 3 anos de idade e suas mães, que discorreram sobre seis eventos especiais que tinham experimentado nos últimos meses (uma festa de aniversário, uma visita ao zoológico, etc.). As crianças foram divididas em subgrupos e cada subgrupo voltou em <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLUwRWgg3TTBQ4Vh4O8S2Kgo5z1B5oHlFLtBJrWyckHPCgMrvAm81W9030jEnYQh_PfRMsx5Pe7pq2zeJJUXzbYPO8B5atxqgt8uEtQjkJj3y5gEqomizItdOJ7uqk7PliNWTe5MFJpko/s1600/amnesia.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLUwRWgg3TTBQ4Vh4O8S2Kgo5z1B5oHlFLtBJrWyckHPCgMrvAm81W9030jEnYQh_PfRMsx5Pe7pq2zeJJUXzbYPO8B5atxqgt8uEtQjkJj3y5gEqomizItdOJ7uqk7PliNWTe5MFJpko/s1600/amnesia.jpg" height="200" width="193" /></a></div>
uma idade específica (5, 6 , 7, 8 ou 9 anos) para serem reavaliadas sobre as suas memórias daqueles eventos. Na sessão posterior eles foram entrevistados por um pesquisador sobre os eventos discutidos 2 a 6 anos antes com suas mães (eventos no início da vida).<br />
<br />
Crianças com idade entre 5, 6 e 7 anos lembravam 63-72% ou mais dos eventos do início da vida. Por outro lado, as crianças com idade entre 8 e 9 anos haviam lembrado de menos de 35-40% dos eventos de início da vida. O estilo narrativo materno geral previu contribuições das crianças à conversas mãe-criança em idade 3 anos. Embora as crianças menores lembrassem de mais eventos de quando tinham 3 anos do que crianças mais velhas, as lembranças das mais velhas continham mais informações, talvez porque a melhoria das competências linguísticas ajuda a descrever melhor a memória e fixar mais na mente.Os resultados têm implicações para a nossa compreensão do início da amnésia infantil e sobre o processo de esquecimento.<br />
<br />
Referência:<br />
http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09658211.2013.854806#.UwNCFc6RhBMemoria<br />
<br />Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-65445002326168903592014-02-03T09:53:00.002-02:002014-02-03T09:53:39.324-02:00Uso de eletrônicos e qualidade do sono de adolescentesPor Ronnie Cohen<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkLdDhGWm_h95ynDSkDSA2dhMUr7rSZHi-V8gnBOKWjm4sQNttXGpv8_pO-Sbhrk-f2bjFOa8Ccy33bIgSpN7vB-yIRVFG9RjBRYTpDK0Kn_gdYv9doo-AEFekTnVGh728spgbRqQldhg/s1600/sono+e+eletr%C3%B4nicos.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkLdDhGWm_h95ynDSkDSA2dhMUr7rSZHi-V8gnBOKWjm4sQNttXGpv8_pO-Sbhrk-f2bjFOa8Ccy33bIgSpN7vB-yIRVFG9RjBRYTpDK0Kn_gdYv9doo-AEFekTnVGh728spgbRqQldhg/s1600/sono+e+eletr%C3%B4nicos.jpg" height="208" width="320" /></a>NOVA YORK ( Reuters Health ) Jan 24 - Os adolescentes que ficam regularmente conectados a redes sociais antes de dormir relataram dormir quase uma hora a menos em noites de escola do que aqueles que raramente ficam on-line, um novo estudo mostra . "Usar a tecnologia no quarto pode resultar em perda de sono, atraso para iniciar o sono, sonolência diurna e outros problemas", a autora principal do estudo, Teresa Arora, disse à Reuters Health por e-mail. "Por sua vez , isso pode afetar o desempenho durante o dia, principalmente na escola", diz Arora, da Weill Cornell Medical College, em Doha, no Catar.<br />
<br />
Os investigadores observaram que adolescentes com idades entre 11 a 13 dormiam muito menos quando eles freqüentemente se comunicavam por telefone celular, navegavam pela Internet, jogavam videogame, assistiam televisão, ouviam a música e até mesmo se eles usassem um computador para estudar antes de ir para a cama. A rede social foi associado com a maior perda de sono. Aqueles que disseram que geralmente ficavam ligados a amigos on-line antes de ir para a cama relataram dormir menos - uma média de 8 horas e 10 minutos por noite - em comparação com 9 horas e 2 minutos entre aqueles que nunca conectavam.<br />
<br />
Estudos anteriores relacionaram a privação de sono à obesidade, depressão, dificuldade de regular as emoções e às notas mais baixas. Um estudo chinês publicado no mês passado encontrou que ficar acordado até tarde pode aumentar a pressão arterial dos adolescentes. Para o estudo atual, os pesquisadores analisaram questionários sobre hábitos de sono e de uso de tecnologia preenchidos por 738 alunos de sete escolas selecionadas aleatoriamente na região central da Inglaterra em 2010. Adolescentes que frequentemente assistiam TV antes de dormir tinham quatro vezes mais probabilidade de relatar acordar várias vezes durante a noite do que os não-espectadores, e aqueles que usavam redes sociais freqüentemente estavam três vezes mais propensos a acordar muito.<br />
<br />
Os adolescentes que jogavam regularmente jogos de videogame ou ouviam música na hora de dormir tinham significativamente mais dificuldade em adormecer, os pesquisadores publicaram no jornal Sleep Medicine. Horários de sono dos adolescentes naturalmente tendem a mudar como resultado de ficar em estado de alerta até tarde da noite e de ter dificuldade em adormecer. Mas a tecnologia pode piorar essa tendência, Arora e seus colegas escreveram.<br />
<br />
Os resultados não vieram como surpresa para Dra. Nanci Yuan, diretora médico do Centro de Sono do Hospital Infantil Lucile Packard, em Palo Alto, Califórnia. Ela não estava envolvido no novo estudo, mas comenta que " O advento da tecnologia fez com que todas as faixas etárias, mas principalmente adolescentes, tenham dificuldades com o sono". Yuan também estuda os distúrbios do sono na Universidade de Stanford, disse à Reuters Health. "Nós estamos vendo mais problemas de privação de sono na sociedade como um todo, e estamos vendo-o mais ainda em adolescentes."<br />
<br />
Adolescentes de 11 a 13 anos de idade têm necessidade entre 10 e 11 horas de sono contínuo por noite para uma saúde ideal, disse ela. Ela recomendou aos adolescentes desligar todos os aparelhos eletrônicos, sendo o ideal retirá-los do quarto, pelo menos uma hora e, de preferência, duas horas antes de se deitar.<br />
<br />
"Temos de fazer do sono uma prioridade tão importante quanto uma boa nutrição e exercício físico", disse ela. De forma semelhante, Christina Calamaro salientou a necessidade de desligar os aparelhos pelo menos uma hora antes de apagar as luzes. Ela estudou o efeito da tecnologia sobre o sono dos adolescentes no Hospital Nemours / Alfred I. duPont para Crianças, em Wilmington, Delaware, mas não estava envolvida no estudo atual. Calamaro clama aos profissionais de saúde para fazer mais para educar os pais sobre a necessidade das crianças terem um sono ininterrupto. "Precisamos ensinar aos adolescentes as fronteiras com a tecnologia", disse à Reuters Health. "Precisamos realmente levar para casa essa mensagem para os pais sobre a modelagem de comportamento do sono em sua casa."<br />
<br />
<br />
Link para o estudo original: <a href="http://www.sleep-journal.com/article/S1389-9457(13)02019-4/fulltext">http://www.sleep-journal.com/article/S1389-9457(13)02019-4/fulltext</a><br />
<br />
Leia mais sobre higiene do sono: <a href="http://pqinfantil.blogspot.com.br/2012/02/higiene-do-sono-para-criancas-e.html">http://pqinfantil.blogspot.com.br/2012/02/higiene-do-sono-para-criancas-e.html</a><br />
<br />
Leia também: <a href="http://pqinfantil.blogspot.com.br/2012/02/criancas-e-adolescentes-precisam-dormir.html">http://pqinfantil.blogspot.com.br/2012/02/criancas-e-adolescentes-precisam-dormir.html</a><br />
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<br />
<br />
<br />Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-39640967238602940662014-01-13T12:04:00.000-02:002014-01-13T12:04:38.764-02:00Medo de injeção? Hipnose e distração!Crianças frequentemente se submetem a procedimentos com agulhas, como vacinas e retirada de amostra de sangue para exames. Esses procedimentos são comumente fontes de dor e sofrimento para a criança e muitas vezes interfere na vida familiar e nos cuidados de saúde. O grupo Cochrane <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgInSnh86batQs0fyxQYpIKj_h-RJ1DFiLSylxj41JBSUMH32XRRrCn6MZJPe8xyhVcmzIO7we4Vec8bBL5HqNqDH9RaqSgigQJ6BTzE_GJG0oMH2n1nd5j7vP4Eja3S-JyTwJSZFISDas/s1600/inje%C3%A7%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgInSnh86batQs0fyxQYpIKj_h-RJ1DFiLSylxj41JBSUMH32XRRrCn6MZJPe8xyhVcmzIO7we4Vec8bBL5HqNqDH9RaqSgigQJ6BTzE_GJG0oMH2n1nd5j7vP4Eja3S-JyTwJSZFISDas/s1600/inje%C3%A7%C3%A3o.jpg" height="241" width="320" /></a></div>
Collaboration publicou recente uma revisão sobre procedimentos para reduzir dor e sofrimento relacionados aos procedimentos com agulhas em crianças que incluiu 39 estudos, envolvendo 3.394 participantes.<br />
<br />
Os procedimentos de agulhas mais comumente estudados foram punção venosa, inserção de linha intravenosa e imunização. Foram selecionados estudos com pessoas entre 2 e 19 anos, mas as maiores evidências estavam disponíveis para crianças menores de 12 anos de idade. As intervenções psicológicas mais estudadas foram distração, hipnose e terapia cognitivo-comportamental (TCC). A maioria dos estudos avaliou distração apenas (19 de 39). Os estudos continuam a fornecer forte evidência para a eficácia de distração e hipnose. Sobre o uso de distração, a técnica pode ser direcionada pela própria criança, pelos pais ou pela equipe da enfermagem. As intervenções incluem escutar música no fone de ouvido, assistir desenho animado, escutar uma história e uso de brinquedos apropriados à idade.<br />
<br />
Nenhuma evidência estava disponível para apoiar a eficácia de preparação e informação, TCC, <i>coaching </i>parental (orientações verbais ou em panfletos) associado a distração, sugestão, ou realidade virtual. Nenhuma conclusão pode ser feita a respeito de intervenções para alteração de memórias, posicionamento dos pais associado a distração, expelir ar, ou distração associada a sugestão, pois havia apenas um estudo sobre essas intervenções, além de muitos vieses metodológicos. Esta é uma área onde é necessária mais investigação para as muitas abordagens alternativas para a redução da dor e sofrimento em crianças. Porém, já temos evidências de que intervenções simples, como a distração, e hipnose (que exige profissionais capacitados) são as técnicas que atualmente têm o apoio de mais sólidas evidências científicas.<br />
<br />
<br />
Referência: Uman et al. Psychological interventions for needle-related procedural pain and distress in children and adolescents.Cochrane Database Syst Rev. 2013 Oct 10;10:CD005179. [<a href="http://summaries.cochrane.org/CD005179/psychological-interventions-for-needle-related-procedural-pain-and-distress-in-children-and-adolescents" target="_blank">Link</a>]<br />
<br />
<br />Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-10964812312632658262013-09-04T08:31:00.004-03:002013-09-04T08:32:31.742-03:00Curso: Avanços Neurobiológicos do Autismo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTMvqLK4_3DbPJgLEOooiehwbBKqUVJCMnJqRYv-tmmTusyWzA1MYq-B5U5oPQQbC_ICMBWnmGbUU8V9lj29weIyHfezyuAmUtCfle1rh7NMmOQeOHRa8Bh8Jli6s2D5cxmArZazkwtgw/s1600/flyer+curso+autismo.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="408" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTMvqLK4_3DbPJgLEOooiehwbBKqUVJCMnJqRYv-tmmTusyWzA1MYq-B5U5oPQQbC_ICMBWnmGbUU8V9lj29weIyHfezyuAmUtCfle1rh7NMmOQeOHRa8Bh8Jli6s2D5cxmArZazkwtgw/s640/flyer+curso+autismo.JPG" width="640" /></a></div>
<div class="title02" style="color: #006666; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, Freesans, sans-serif; font-size: 20pt; font-weight: bold; padding-bottom: 10px;">
Avanços neurobiológicos do Autismo</div>
<div class="content01" style="font-family: Arial; font-size: 12pt; line-height: 30px; padding-left: 10px;">
<strong style="background-color: whitesmoke;">III Semana e VII Simpósio Internacional de Neurociências da UFMG</strong></div>
<div class="content01" style="font-family: Arial; font-size: 12pt; line-height: 30px; padding-left: 10px;">
<span style="color: red;"><strong>INSCRIÇÕES: </strong></span><a href="http://www.cursoseeventos.ufmg.br/CAE/DetalharCae.aspx?CAE=5768" style="cursor: pointer; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, Freesans, sans-serif; font-size: 10pt;">http://www.cursoseeventos.ufmg.br/CAE/DetalharCae.aspx?CAE=5768</a><br />
<strong>OBJETIVOS: </strong>Apresentar os últimos conhecimentos relacionados à neurobiologia do autismo, suas influências genéticas e os modelos animais utilizados para compreender os mecanismos envolvidos no autismo.<br />
<strong>PÚBLICO ALVO: </strong>Público acadêmico em geral<br />
<strong>VAGAS LIMITADAS<br /><br /><span style="color: red;">LOCAL: </span>Auditório - Faculdade de Letras (FALE) </strong><br />
<br />
<strong>COORDENADOR(ES):</strong> Prof. Bruno Rezende de Souza - UFMG<br />
<div style="margin-left: 120px;">
Prof. Arthur Kummer - UFMG</div>
<strong>COLABORADOR(ES): </strong>Prof. John Vincent - Centre for Addiction and Mental Health - Toronto<br />
<div style="margin-left: 120px;">
Profa. Carmen Gottfried - UFRGS</div>
<strong>CRONOGRAMA:</strong><br />
<span style="color: red;"><strong>09/09/13</strong></span><br />
<strong>08h - 10h</strong><br />
Clínica e Neurobiologia do Autismo - Arthur Kummer<br />
<strong>10h - 12h</strong><br />
Neurogenética do Autismo - John Vincent<br />
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; line-height: normal;">
<strong><span style="font-family: arial;">15h</span><br /><span style="font-family: arial;">Palestra da III Semana de Neurociências</span><br /><span style="font-family: arial;"><span style="font-family: arial, sans-serif;">PERCURSOS E PERSPECTIVAS DAS NEUROCIÊNCIAS NO BRASIL</span> - Prof. Paulo Sergio Lacerda Beirão – ICB/UFMG</span></strong></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; line-height: normal;">
</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; line-height: normal;">
<strong>16h</strong></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; line-height: normal;">
<strong><span style="font-family: arial;">Palestra da III Semana de Neurociências</span></strong></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial, sans-serif; line-height: normal;">
<strong>CONSTRUINDO O SABER DA CIÊNCIA - Prof. José Eymard H. Pitella - USP/RP</strong></div>
<span style="color: red;"><strong>10/09/13</strong></span><br />
<strong>08h - 10h</strong><br />
Neurogenética do Autismo - Prof. John Vincent<br />
<strong>10h - 12h</strong><br />
Modelos Animais para estudos das bases neurobiológicas e genéticas do Autismo - Prof. Bruno Souza<br />
<span style="color: red;"><strong>11/09/13</strong></span><br />
<strong>08h - 12h </strong><br />
Modelos Animais para estudos das bases neurobiológicas e genéticas do Autismo - Prof. Bruno Souza e Profa. Carmen Gottfried</div>
Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-26466365473475670062013-08-25T23:22:00.002-03:002013-08-25T23:23:47.645-03:00Refrigerantes deixam as crianças mais agressivas?Pesquisadores da Universidade de Columbia, Vermont e Harvard realizaram um estudo de coorte com 2.929 crianças de 5 anos de idade com o objetivo de analisar se o consumo de refrigerantes se relacionava com comportamentos agressivos e problemas de atenção.<br />
<br />
As mães relataram os problemas de comportamento das crianças através do Child Behavior Checklist e foram solicitadas a relatar quantas porções de refrigerante a criança bebe em um dia típico.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiouy_wO3IWazOmTnf5KsGAmRCKEplwcuEBIQlntODfbAwplg81iiTsfYF1cL0WEYPbiZZ9ZlhWAsbB8FTzw1IZr-HY33rLv8Ym0OGy0-wLcO4wGkb1PNJQblo2xYKB6E2RxFtrQ8db2Uw/s1600/cola.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiouy_wO3IWazOmTnf5KsGAmRCKEplwcuEBIQlntODfbAwplg81iiTsfYF1cL0WEYPbiZZ9ZlhWAsbB8FTzw1IZr-HY33rLv8Ym0OGy0-wLcO4wGkb1PNJQblo2xYKB6E2RxFtrQ8db2Uw/s320/cola.jpg" width="254" /></a></div>
<br />
Segundo o relato das mães, 43% consumiram pelo menos uma porção de refrigerante por dia e 4% consumiram quatro ou mais porções por dia.<br />
<br />
Os autores observaram que o consumo de apenas um refrigerante ao dia já estava associado a comportamento agressivo, enquanto o consumo de 2 ou mais refrigerantes já se associava a comportamento mais isolado e 4 ou mais refrigerantes se associavam a problemas de atenção. A associação se mantinham mesmo quando os autores controlavam as análises para fatores sociodemográficos, consumo de doces ou sucos, assistir televisão e fatores de risco social (ex: depressão materna, conflito conjugal, etc.). Os autores não observaram diferenças entre os diversos tipos de refrigerantes, como os <i>diets </i>e descafeinados.<br />
<br />
Pesquisas anteriores já haviam observado uma associação entre consumo de refrigerantes e agressividade, depressão e pensamentos suicidas em adolescentes.<br />
<br />
A associação entre o consumo de refrigerantes e comportamento negativo entre as crianças muito jovens servem de alerta aos pais para a necessidade de uma alimentação saudável, ainda que sejam necessários mais estudos para confirmar esses achados e explorar possíveis mecanismos que poderiam explicar essas associações.Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-22399884646047540812013-03-31T01:59:00.001-03:002013-03-31T02:00:58.731-03:00Como acalmar o seu bebê em 5 passosUma das situações mais desesperadoras para os pais de primeira viagem (e até para os de muitas viagens!) é o bebê que não pára de chorar. Muitos profissionais de saúde inclusive não sabem ao certo como ajudar os pais nessa situação. Não raro, os choros são atribuídos a cólicas e os bebês chegar até mesmo a receber prescrição de anticolinérgicos e opioides, como o "elixir paregórico".<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhll6CIfKVqb034wt0ppj3UvGmayyTYTDOhuK3fA-aRktBZ6qFZH-F-0_xdE2r8ad03rCNRtnbu1CzOdmThZ6YiJKmFpJHRltfnmJDnoIvUxOXgEI6a9RdRC6R7Bi04TKCCnyESM6aQhCw/s1600/bebe+chorao.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhll6CIfKVqb034wt0ppj3UvGmayyTYTDOhuK3fA-aRktBZ6qFZH-F-0_xdE2r8ad03rCNRtnbu1CzOdmThZ6YiJKmFpJHRltfnmJDnoIvUxOXgEI6a9RdRC6R7Bi04TKCCnyESM6aQhCw/s200/bebe+chorao.jpg" usa="true" width="198" /></a></div>
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Entretanto, na maioria das vezes o "chororô" do bebê pode ser manejado com medidas bem simples, ainda que a causa do choro não esteja muito clara. As medidas apresentadas aqui foram desenvolvidas pelo pediatra Harvey Karp (Departamento de Pediatria, UCLA) e apresentadas no livro e DVD "<em>The Happiest Baby on the Block</em>". Para Harvey Karp, os choros do recém-nascido são cólicas associadas ao que ele chama de o quarto trimestre da gravidez. Para lidar com o bebê inconsolável, Harvey propõe 5 técnicas as quais ele chama de "os 5 S", explicados no vídeo abaixo. As estratégias propostas parecem bastante eficazes em eliciar o que Harvey chama de "o reflexo de acalmar" (<em>the calming reflex</em>). As teorias de Harvey sobre a razão do choro do bebê (ex: cólicas, saudades do útero, etc.) e da eficácia dos 5 passos (ex: evitar o reflexo de Moro) são especulativas e carecem de evidências científicas, o que em nada tira o mérito de sua observação clínica aguçada sobre a resposta dos bebês aos cuidados parentais.<br />
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/OPWFXJAZofM?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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Segundo Harvey, até 20% dos bebês com menos de três meses têm crises de choro por mais de 3 horas por dia e até 50% deles choram ou esperneiam por cerca de 2 horas por dia. O choro de um bebê é bastante estressante para um adulto e bebês chorões podem abalar rapidamente as fantasias parentais de ter um bebê perfeito e de serem pais perfeitos. Choros persistentes se associam a maior estresse parental, discórdia conjugal, menor tempo de aleitamento, depressão pós-parto, abuso infantil, tratamento desnecessário para refluxo gastroesofágico, recaída no tabagismo (Karp, 2008).</div>
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Para lidar com os choros intermináveis dos bebês, Harvey propõe a técnica dos "5 S". São eles:</div>
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1) <em>Swaddling</em>: se refere à técnica de enrolar o bebê com um cueiro de modo a imitar a restrição de movimentos que havia no útero;</div>
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2) <em>Side or stomach position</em>: após enrolar o bebê, colocá-lo na posição de lado ou de barriga ajuda a eliciar o "reflexo de acalmar"; porém, os <strong>bebês SEMPRE devem dormir de barriga para cima</strong>.</div>
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3) <em>Shushing</em>: emissão de um "ruído branco" que imitaria o som do fluxo sanguíneo intra-útero. O som pode ser produzir pelos próprios pais (como o som para pedir silêncio "shhh"), ou o barulho contínuo de um secador de cabelo, aspirador de pó, coifa, etc.</div>
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4) <em>Swinging</em>: balançar, o que pode ser feito por um balanço mecânico. Inicialmente o balanço pode ser programado em velocidade mais alta e, depois, ter sua velocidade reduzida. O balanço funciona melhor quando o bebê já foi acalmado, ou seja, para mantê-lo calmo.</div>
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5) <em>Sucking</em>: sugar. O uso de chupetas/bicos não deve ocorrer antes de o aleitamento materno estar bem estabelecido.</div>
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Algumas dessas estratégias foram submetidas a estudos científicos rigorosos e tiveram sua eficácia e segurança avaliadas (van Sleuwen et al., 2007). Entre elas, talvez a mais estudada seja o <em>swaddling</em>. A técnica de enrolar o bebê, por exemplo, faz com que os bebês durmam mais horas por dias e com menos despertares. Prematuros têm mostrado melhor desenvolvimento neuromuscular, melhor organização motora e mais capacidade de auto-regulação quando são enrolados. Quando comparado com massagem, bebês que choraram menos quando enrolados. O <em>swaddling</em> também pode aliviar a dor em recém-nascidos. A técnica pode ser útil na regulação da temperatura, mas também pode causar hipertermia quando mal aplicada, o que pode se associar a morte súbita. O enfaixamento associado à posição supina (ou seja, de barriga para cima) reduz risco de morte súbita (0,64-0,69; Karp, 2008), mas quando associado à posição pronada (barriga para baixo) aumenta o risco de morte súbita do lactente, o que torna necessário advertir os pais a parar de usar enfaixamento se os bebês tentarem virar de posição. Há alguma evidência de que existe um maior risco de infecções respiratórias relacionadas com o aperto dos panos. Outro possível efeito adverso é um aumento do risco de desenvolvimento de displasia de quadril, o que está relacionado com enfaixamento com as pernas em extensão e adução. Por outro lado, o enfaixamento não influencia o as propriedades ósseas ou o aparecimento de raquitismo. <em>Swaddling</em> imediatamente após o nascimento pode levar a ganho de peso pós-natal atrasado sob determinadas condições, mas não parece influenciar os parâmetros de amamentação (van Sleuwen et al., 2007).</div>
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Em resumo, sugere-se que a técnica de enrolar o bebê seja realizada com os seguintes cuidados: evitar a posição de bruços (barriga para baixo); evitar que o cueiro ou o pano seja folgado o suficiente para permitir que o bebê se solte e se sufoque com o material; evitar que seja apertado a ponto de causar desconforto respiratório; usar material adequado e checar se o bebê não está com hipertermia (ex: temperatura do bebê elevada, suando, vermelho, etc.). Os pediatras que devem estar cientes de que <em>swaddling</em> é um fator de risco para displasia de quadril quando mal aplicado. Para as crianças que já estão em risco aumentado para displasia de quadril por causa de história familiar ou parto pélvico, o rastreio com ultra-sonografia do quadril deve ser realizado como recomendado pela Academia Americana de Pediatria. Se a displasia é encontrada, a técnica de enrolar o bebê deve ser evitada. Se os achados ultra-sonográficos de triagem são normais, então o swaddling pode ser permitido com segurança. Para todas as crianças que são enroladas, os médicos devem observar a técnica de <em>swaddling </em>usada pelos pais para garantir que seus quadris estejam livres para flexionar e abduzir em uma posição segura para o desenvolvimento do quadril, o que pode diminuir o risco de displasia de quadril (Mahan et al., 2008).</div>
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Outras estratégias podem ser usadas como alternativas aos 5 passos e incluem: massagem, banho morno, contato pele a pele e passeio com o bebê ao ar livre (Karp, 2004). Após o "quarto trimestre", o "reflexo de acalmar" diminui gradativamente. Porém, os pais estarão mais confiantes e conhecendo melhor seus bebês, o que permite o uso de outras estratégias que também acalmam o bebê. Posteriormente, o bebê também irá progressivamente desenvolver suas próprias habilidades para se acalmar e se entreter sozinho.</div>
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Referências:</div>
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Karp HN. Safe Swaddling and Healthy Hips: Don't Toss the Baby out With the Bathwater. Pediatrics 2008; 121(5): 1075-1076. [<a href="http://pediatrics.aappublications.org/content/121/5/1075.2.full?sid=7961fddb-a8a5-49a3-82c5-44fb8b8673d9" target="_blank">Link</a>]</div>
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Karp HN. The "fourth trimester":A framework and strategy for understanding and resolving colic. Contemporary Pediatrics 2004. [<a href="http://www.defranca.com/PDFs/Colic%20and%20%204th%20trimester.pdf" target="_blank">Link</a>]</div>
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Mahan ST, Kasser JR. Does Swaddling Influence Developmental Dysplasia of the Hip? Pediatrics 2008; 121(1): 177-178. [<a href="http://pediatrics.aappublications.org/content/121/1/177.long" target="_blank">Link</a>]</div>
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van Sleuwen BE, Engelberts AC, Boere-Boonekamp MM, Kuis W, Schulpen TW, L'Hoir MP. Swaddling: a systematic review. Pediatrics. 2007 Oct;120(4):e1097-106. [<a href="http://pediatrics.aappublications.org/cgi/pmidlookup?view=long&pmid=17908730" target="_blank">Link</a>]</div>
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Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-29054025364318982742013-03-23T21:49:00.000-03:002013-03-23T21:49:50.855-03:00Violência conjugal e depressão parental aumentam o risco para TDAH nos filhosOs pré-escolares cujos pais sofrem de depressão e em cujos lares presenciam violência doméstica são mais propensos a desenvolver transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH). O estudo, conduzido por pesquisadores do Children’s Health Services Research, em Indianápolis, foi publicado no JAMA Pediatrics.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHtjD1QeJYJyvB3RHUltLZRDaKrD7Fm4aF5eRcM96c7o3tR60wS1OHiJ3ToCFzn4prvhYUtvrSSoeVj-hDGoLgz2dkW-8V5lIMf8MOIfKDDOQ6rEk16IImBLjx32CYXUFSS4dDWRsdOVQ/s1600/AdultsArguing2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHtjD1QeJYJyvB3RHUltLZRDaKrD7Fm4aF5eRcM96c7o3tR60wS1OHiJ3ToCFzn4prvhYUtvrSSoeVj-hDGoLgz2dkW-8V5lIMf8MOIfKDDOQ6rEk16IImBLjx32CYXUFSS4dDWRsdOVQ/s320/AdultsArguing2.jpg" width="320" /></a>A pesquisa consistiu no seguimento de 2.422 crianças que haviam presenciado violência entre os pais ou cujos pais estivessem deprimidos nos primeiros 3 anos de idade. Para investigar essas questões, os pais preencheram questionários sobre história de depressão e violência doméstica. As crianças foram acompanhadas dos 3 aos 6 anos quanto à presença de transtornos psiquiátricos e uso de medicamentos. Cinquenta e oito cuidadores (2,4%) disseram que houve tanto episódios de violência doméstica quanto de depressão durante os primeiros 3 anos de vida do(s) filho(s). Além disso, 69 (2,8%) relataram apenas a existência de violência doméstica e 704 (29,1%) apresentaram sintomas de depressão durante esse período. O restante dos pais (65,7%) disseram que não havia depressão ou violência doméstica.<br />
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Crianças que viviam em um ambiente com violência doméstica e depressão em um dos pais tinham quatro vezes mais chances de serem diagnosticados com TDAH aos 6 anos de idade (odds ratio = 4,0, IC 95% = 1,5 - 10,9). As crianças cujos pais relataram apenas sintomas de depressão eram quase duas vezes mais propensas a usarem medicamentos (odds ratio = 1,9, IC 95% = 1,0-3,4).<br />
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O estudo chama atenção para a importância de vigilância sobre famílias em risco para conflitos conjugais e/ou depressão, de modo que seja dirigida atenção a essa família e que as crianças recebam intervenção precoce a fim de prevenir complicações futuras. Os dados corroboram outros trabalhos que mostram que as crianças, mesmo em tenra idade, são muito vulneráveis a eventos estressores ambientais, mas pesquisas futuras devem esclarecer que fatores medeiam estressores ambientais (como depressão nos pais) e problemas de comportamento nas crianças.<br />
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Referência:<br />
Bauer NS, Gilbert AL, Carroll AE, Downs SM. Associations of Early Exposure to Intimate Partner Violence and Parental Depression With Subsequent Mental Health Outcomes. JAMA Pediatr. 2013 Feb 4:1-7. [<a href="http://archpedi.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=1567228" target="_blank">Link</a>]Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-83995152714787598102013-03-03T21:30:00.000-03:002013-03-03T21:30:39.035-03:00Escolas: não suspendam, não expulsem.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu1NH1FVTLU-6GVSJ7HFbvCXu97Uedq29Ff7-PfHfRdD-wChhPbfypl6wFwgmPvSvquiQgKolN7Pcqd81WIyUq4eEP-FXYCHWMvx-E-kcyZ0usZExweRF9aetaqmMQ1pcaqPu7TQs8jlE/s1600/school-zero-tolerance.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu1NH1FVTLU-6GVSJ7HFbvCXu97Uedq29Ff7-PfHfRdD-wChhPbfypl6wFwgmPvSvquiQgKolN7Pcqd81WIyUq4eEP-FXYCHWMvx-E-kcyZ0usZExweRF9aetaqmMQ1pcaqPu7TQs8jlE/s200/school-zero-tolerance.jpg" width="177" /></a></div>
A Academia Americana de Pediatria (AAP) publicou recentemente uma recomendação em que afirma que disciplinar estudantes com suspensão ou expulsão da escola é contraproducente para os objetivos da escola e só deve ser usado após análise cuidadosa de cada caso.<br />
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A declaração política recomenda que os pediatras se familiarizem com as políticas de seus distritos escolares locais e defendam prevenção e estratégias de alternativas. "O efeito adverso da suspensão e expulsão no aluno pode ser profunda", escreveram os especialistas em Pediatria. "Os dados sugerem que os alunos que estão envolvidos no sistema de justiça juvenil foram suspensos ou expulsos no passado em frequência elevada. Além disso, os estudantes que vivenciam suspensão e expulsão da escola têm até 10 vezes mais chances de abandonar o ensino médio do que aqueles que não sofreram esses tipos de punição", acrescentam.<br />
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Kathy Cowan, diretor de comunicações da Associação Nacional de Psicólogos Escolares em Bethesda, Maryland, disse que sua organização apoia largamente as declarações da AAP. "Às vezes, a suspensão e expulsão são absolutamente necessárias, mas não são eficazes para melhorar o comportamento em geral", Cowan disse à Reuters Health. A AAP diz que os alunos que são punidos com suspensão e expulsão escolar podem ser deixados sem supervisão durante o dia e se envolver em mais um comportamento inadequado. Os especialistas também dizem que suspensão e expulsão não lidam com possíveis problemas subjacentes, como abuso de drogas, a tensão racial, a violência e a intimidação/bullying. Além dos custos incorridos pelo distrito escolar de audiências disciplinares e prestação de serviços para a criança, os pediatras dizem que há também um custo para a sociedade. "Alguém que evade do ensino médio vai ganhar 400.000 dólares a menos ao longo da vida do que um graduado do ensino médio. Essa pessoa também vai pagar 60.000 dólares a menos em impostos", eles escrevem.<br />
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Para evitar suspensões e expulsões, os pediatras sugerem:<br />
1) desenvolvimento de intervenções precoces para crianças pré-escolares,<br />
2) identificação precoce de crianças que podem ter problemas na escola e<br />
3) códigos de conduta claras.<br />
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Especificamente, eles recomendam uma intervenção comportamental positiva e um programa de suporte como ferramentas preventivas alternativas que ensinem comportamentos adequados para toda a escola e que abordem problemas em grupos bem como individualmente. A AAP também convoca os pediatras para triar e reconhecer problemas de comportamento na infância, para estar em comunicação com a equipe da escola, para auxiliar os alunos que necessitem de acomodações especiais e para ser adequadamente compensados pelo seu envolvimento. Cowan disse que a AAP deveria ser aplaudida por seus esforços. "O pediatra é uma voz muito importante sobre estas questões, porque os pais confiam nos pediatras e eles estão vendo os filhos", disse ela.<br />
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Tradução livre do texto de Andrew M. Seaman, publicado na Reuters Health em 25 de fevereiro de 2013. [<a href="http://www.reuters.com/article/2013/02/25/us-pediatricians-oppose-idUSBRE91O17C20130225" target="_blank">Link</a>]<br />
Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-17804519633793080382013-01-19T16:02:00.002-02:002013-01-19T16:02:56.162-02:00Mães estressadas, filhas ansiosas!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7zcGikVJ4Hy0HaMc2wyJsyCqP1QO1VmjrGpi-xV5fzqSmBcBMPEZTlN86tipPm37SoUeeNVKlwN08_DYzMaQzUk1Pq5zeQlKDPWioUpReEyQiiPgAtFrKyceGOysRCVrb5uKZZBQA_dc/s1600/m%C3%A3e+estressada.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="153" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7zcGikVJ4Hy0HaMc2wyJsyCqP1QO1VmjrGpi-xV5fzqSmBcBMPEZTlN86tipPm37SoUeeNVKlwN08_DYzMaQzUk1Pq5zeQlKDPWioUpReEyQiiPgAtFrKyceGOysRCVrb5uKZZBQA_dc/s200/m%C3%A3e+estressada.jpg" width="200" /></a></div>
Estudo recente publicado no importante periódico Nature Neuroscience mostra que as meninas nascidas em famílias com altos níveis de estresse são mais propensas a sofrer de ansiedade na adolescência. Cory Burghy e colaboradores mostraram também que os bebês do sexo feminino que vivem com mães estressadas tinham níveis mais elevados de cortisol, um hormônio do estresse, e menor conectividade entre as áreas do cérebro que regulam a emoção (amígdala e o córtex pré-frontal ventromedial (CPFvm)). Entretanto, os bebês meninos do sexo masculino parecem não sofrer esses problemas.<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNQpj5DZmihoU8AYRKTSnRh5Q2NbU5wEadyMLMhkC7NCpT7Ci-LzRalmHLf3TLzJ-wxpVLWd38dyt-qdyAdN3cRUl1I4M4S16_lwgxJqXDRdjAPAq_XUAUTEaKQtHbk9Ef18N1uh7CdUI/s1600/estresse+e+conectividade+cerebral.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNQpj5DZmihoU8AYRKTSnRh5Q2NbU5wEadyMLMhkC7NCpT7Ci-LzRalmHLf3TLzJ-wxpVLWd38dyt-qdyAdN3cRUl1I4M4S16_lwgxJqXDRdjAPAq_XUAUTEaKQtHbk9Ef18N1uh7CdUI/s1600/estresse+e+conectividade+cerebral.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Correlação entre os níveis de cortisol aos 4,5 anos
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e conectividade cerebral aos 18 anos.
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container"><tbody>
</tr>
</tbody></table>
</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"> </td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
Os autores investigaram prospectivamente o papel do estresse emocional precoce e os níveis basais de cortisol na infância sobre o desenvolvimento da conectividade funcional em estado de repouso do circuito amígdala-CPFvm em adolescentes. Os pesquisadores analisaram cerca de 600 crianças e suas famílias, em 1990 e 1991. Algumas das crianças continuaram a participar do estudo e se submeteram ao exame de conectividade funcional por ressonância magnética ao final da adolescência <br />
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Esses resultados levantam questões sobre as diferenças na forma como estresse precoce afeta a vida das crianças. Sabe-se que as mulheres têm níveis mais elevados de transtornos de humor e ansiedade na adolescência e na vida adulta. O estresse sofrido precocemente pode ter relação com essas diferenças na regulação emocional em períodos mais avançados da vida. Entretanto, a relação ainda é bastante complexa e precisa ser melhor elucidada. O estudo observou que, nas meninas adolescentes, a conectividade funcional entre amígdala e CPFvm foi inversamente correlacionada com sintomas de ansiedade concorrentes, mas positivamente correlacionada com sintomas depressivos, o que pode ser inicialmente paradoxal, considerado que sintomas depressivos e ansiosos co-ocorrem em elevada frequência. Os autores destacam que, para as mulheres, os efeitos do estresse precoce e da consequente ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Hypothalamic%E2%80%93pituitary%E2%80%93adrenal_axis" target="_blank">HPA</a>) pode deletérios posteriormente no processamento intrínseco de circuitos relacionados com a emoção do cérebro.<br />
<br />
Referência:<br />
Burghy et al. Developmental pathways to amygdala-prefrontal function and internalizing symptoms in adolescence. Nature Neuroscience 2012; 15:1736–1741.[<a href="http://www.nature.com/neuro/journal/v15/n12/full/nn.3257.html" target="_blank">Link</a>]Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-66282106296363125762013-01-01T11:39:00.002-02:002013-01-01T11:41:35.441-02:00Sexo e violência na TV, internet e games influenciam o comportamento dos jovens<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd_XaPWyeQMTWIOo7jcTDao0rGhNrzGbAu48MR5C_r5OgVPfM0ajxMLi_PckGd9Lp6NbE1SyDFypOjMfZLmt5qcJkmF872b9as9RqWEl-zadTZVkVRkbH2ffw4UFoKfycBoq58alGAxus/s1600/violent-video-games.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd_XaPWyeQMTWIOo7jcTDao0rGhNrzGbAu48MR5C_r5OgVPfM0ajxMLi_PckGd9Lp6NbE1SyDFypOjMfZLmt5qcJkmF872b9as9RqWEl-zadTZVkVRkbH2ffw4UFoKfycBoq58alGAxus/s320/violent-video-games.jpg" width="320" /></a>As notícias não são novas, mas merecem um comentário em virtude das calorosas discussões que têm surgido recentemente associando comportamento violento de jovens à violência em videogames e na mídia. Os primeiros estudos sobre o assunto mostravam que havia uma associação entre conteúdos violentos ou sexuais em videogames e mídia e um comportamento mais violento e sexualizado em crianças e adolescentes. Porém, não se sabia se a mídia piorava o comportamento ou se as pessoas que já tinha essas características de comportamento buscavam esse tipo de atividade (isto é, se um adolescente mais agressivo preferia games de tiro em primeira pessoa, por exemplo). Estudos posteriores mostraram que, de fato, há não apenas uma associação entre esses fatores, mas uma clara influência maléfica da exposição excessiva e precoce a determinados conteúdos sobre o comportamento. Ou seja, pode haver uma relação de causa e efeito. Obviamente que esse dado isoladamente não responde pelos massacres que têm ocorrido em escolas americanas, onde o acesso a armas é extremamente fácil e estimulado. Conteúdo sexual e agressivo em videogames e na mídia está disseminado no mundo, enquanto os ataques com armas de fogo ocorrem nos EUA em frequência incomparável a outros países. De todo modo, a preocupação com comportamentos agressivos é universal e, portanto, deve-se atentar para fatores que podem contribuir para o seu aumento. Seguem abaixo os resumos de três artigos científicos sobre o tema publicados em 2008 no periódico <i>Pediatrics</i>. Os resumos foram elaborados por Carol Potera e publicados no <i>American Journal of Nursing</i>.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiuKHUU_w7uzDV8NdUJ-92Z9guTON-X7Nsz9rauMIKxGwmI3Cgsn6C8N2GE6Y84DYPOrp3cPZWqk8a2xcT99U4YjvVySY5usiTx9V5ZFAav4LYmnL1KU3dO7SVPCDKtN-_2unsd1jQbhI/s1600/crian%C3%A7a+e+m%C3%ADdia.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="197" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiuKHUU_w7uzDV8NdUJ-92Z9guTON-X7Nsz9rauMIKxGwmI3Cgsn6C8N2GE6Y84DYPOrp3cPZWqk8a2xcT99U4YjvVySY5usiTx9V5ZFAav4LYmnL1KU3dO7SVPCDKtN-_2unsd1jQbhI/s320/crian%C3%A7a+e+m%C3%ADdia.jpg" width="320" /></a></div>
<u><b>Sexo na TV e gravidez na adolescência.</b></u> Um total de 2.003 adolescentes (com idades entre 12 a 17 anos) foram perguntados quantas vezes eles assistiram 23 programas de TV populares que retratavam beijos apaixonados, conversa sexual e relações sexuais. Um a três anos mais tarde, eles foram entrevistados novamente; 744 adolescentes relataram ser sexualmente ativos. Aqueles que mais assistiram programas de TV com conteúdo sexual eram duas a três vezes mais propensos a engravidar ou engravidar alguém do que os adolescentes que assistiram pouco os programas. Os autores dizem que os resultados deste estudo longitudinal demonstram uma relação de causa e efeito entre assistir os shows e engravidar, com implicações para pediatras (que deve estar ciente dessa ligação), meios de comunicação (que devem esclarecer sobre os resultados negativos da exposição precoce ao sexo) e para os pais (que devem assistir televisão com seus filhos e falar com eles sobre sexo)<br />
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<u><b>Web sites e violência adolescente.</b></u> Um total de 1.588 adolescentes de 10 a 15 anos de idade foram questionados sobre os tipos de sites que eles visitaram. Jovens que frequentemente visitavam locais que retratavam cenas reais de combate, tiro ou morte eram cinco vezes mais propensos a relatar envolvimento em assaltos, facadas, roubos e outros comportamentos violentos do que aqueles que nunca visitaram sites violentos. "Violência online pode ser particularmente importante para a nossa compreensão de comportamentos violentos graves entre os jovens de hoje", escrevem os pesquisadores. Eles aconselham os profissionais de saúde para incentivar os pais a instalarem softwares que bloqueiam e filtram páginas violentas, como forma de reduzir o acesso à violência online<br />
<br />
<b><u>Videogames e violência.</u> </b>Adolescentes que cronicamente jogam videogames violentos se comportam de forma mais agressiva do que seus colegas que não jogam esses jogos. Os resultados foram observados tanto no Japão, considerado um país de cultura de "baixa violência", quanto nos Estados Unidos, uma cultura de "alta violência". Analisando dados de estudos com 1.231 estudantes japoneses (com idades entre 12 e 18 anos) e 364 estudantes norte-americanos (com idades entre nove e 12 anos), os autores descobriram que as crianças que jogavam games violentos no início do ano escolar apresentaram maior probabilidade de apresentarem agressão física como chutar, dar socos e bater três a seis meses mais tarde. Os autores concluem que o comportamento similar das duas culturas "apoia a teoria de que jogar videogames violentos é um fator de risco causal para aumentos relativos em agressividade física mais tarde ", e que exclui a noção de que as crianças naturalmente agressivas preferem jogos de vídeo violentos.<br />
<br />
Referências:<br />
Anderson CA, et al. <i>Pediatrics</i> 2008;122(5): e1067-e1072;<br />
Chandra A, et al. <i>Pediatrics</i> 2008;122(5):1047–54;<br />
Ybarra ML, et al. <i>Pediatrics</i> 2008;122(5):929–37 .<br />
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<br />Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-49558403225997502332012-10-21T23:11:00.001-02:002012-10-21T23:11:16.056-02:00Novidades em TDAH - vida adulta, trânsito, medicação e sonoNesta semana surgiram alguns estudos interessantes sobre o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) em crianças e em adultos.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIOf8dBceGT8WVUyeG5BR7tzEocUd-3dJtxGLNgrzMvCz4ecQkHbw-vs9tJEXzgOenxvBHeA9ZEnnL6AvGPmRawQVVHiYo-tern0a4FafBAI49Z5Um3xcC89L_zWKnaEIhuDAlTfmEfeA/s1600/adhd.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIOf8dBceGT8WVUyeG5BR7tzEocUd-3dJtxGLNgrzMvCz4ecQkHbw-vs9tJEXzgOenxvBHeA9ZEnnL6AvGPmRawQVVHiYo-tern0a4FafBAI49Z5Um3xcC89L_zWKnaEIhuDAlTfmEfeA/s200/adhd.jpg" width="200" /></a></div>
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O estudo liderado por Rachel G. Klein mostrou que homens diagnosticados com TDAH na infância apresentam importante prejuízo funcional na vida adulta. Os pesquisadores acompanharam por 33 anos, desde a infância, 135 homens com TDAH e 136 homens sem TDAH. As pessoas com o transtorno tiveram piores desfechos educacionais, ocupacionais, econômicos e sociais, incluindo uma maior proporção de comportamento antissocial, uso de drogas, prisões e divórcio. Infelizmente, não se pode investigar a fundo o papel do tratamento sobre esses desfechos. Como os participantes tiveram seu diagnóstico ainda na década de 70, época em que se havia o preconceito de que os estimulantes causavam dependência, muitos dos pacientes tiveram seu tratamento interrompidos ao entrarem na adolescência. Os autores consideram que, de certo modo, a amostra pode ser considerada como de pessoas com TDAH não-tratadas, e reforça a necessidade de se instituir o tratamento adequado e que ele seja continuado. O TDAH não é um "jeito de ser" e uma "variação do comportamento normal", como muitos profissionais incompetentes ou de má fé (alguns ligados à Cientologia) vêm advogando.<br />
<br />
Uma das consequências pouco observadas do TDAH é o impacto que ele pode ter no trânsito. Alguns trabalhos têm mostrado que os adultos com TDAH sofrem mais acidentes, os acidentes são mais graves e recebem mais multas por excesso de velocidade. Uma das novidades sobre esse assunto é que o tratamento medicamentoso pode melhorar o desempenho no trânsito. Durante uma simulação, as pessoas tratadas tiveram melhor tempo de reação e sofreram menos acidentes.<br />
<br />
Ou seja, o tratamento medicamentos pode ser de grande valia para adultos, como já é bem estabelecida sua eficácia para crianças. A propósito, a ONG "ADHD Voices" investigou com famílias americanas e inglesas como as crianças viam o medicamento em suas vidas. O objetivo do trabalho era ver se as crianças realmente acham que ficam como "robôs" ou "zumbis" com o uso do medicamento, como alguns "cavaleiros do apocalipse" vêm dizendo por aí na mídia. Obviamente que as crianças deram respostas bastante positivas sobre o tratamento. Angie, uma americana de 11 anos, disse a respeito do tratamento: "Com a medicação, não é que você fica uma pessoa diferente. Você continua sendo a mesma pessoa, mas fazendo as coisas um pouco melhor". Os autores ressaltam que muitas crianças e adolescentes têm boa consciência sobre o papel do medicamento em suas vidas e elas podem (e devem!) ser incluídas na discussão do plano terapêutico.<br />
<br />
Por fim, um outro estudo mostrou que dormir um pouquinho mais pode melhorar significativamente o comportamento das crianças e diminuir a agitação na escola. Essa questão já foi abordada em <a href="http://pqinfantil.blogspot.com.br/2012/02/criancas-e-adolescentes-precisam-dormir.html" target="_blank">outras postagens</a> deste blog. O estudo envolveu crianças de 7 a 11 anos, que dormiam em média 9,3 horas por noite, o que está abaixo das 10 horas recomendadas pelo Instituto de Saúde dos EUA (NIH). Os pesquisadores dividiram as crianças em dois grupos: um deles iria dormir uma hora a mais (na verdade, apenas 30 minutos foi adicionado) e o outro grupo teve uma hora de sono reduzida. A mudança no comportamento foi óbvia tanto para os pais quanto para os professores. O grupo privado de sono piorou em relação ao humor e ao comportamento, enquanto o grupo que dormiu meia hora a mais melhorou significativamente. O trabalho ressalta a importância de dormir bem e sugere que as mudanças sejam implementadas na rotina doméstica. Quando vira rotina, as crianças se adaptam e tudo fica mais fácil. Veja aqui como fazer uma <a href="http://pqinfantil.blogspot.com.br/2012/02/higiene-do-sono-para-criancas-e.html" target="_blank">higiene de sono</a> para crianças e adolescentes.<br />
<br />
Enfim, os estudos ressaltam que o TDAH é um problema sério e que deve receber tratamento apropriado e de forma continuada para se evitar problemas ao longo de toda a vida. O tratamento pode ser medicamentoso e psicoterápico, mas medidas como prática de atividade física, sono e alimentação adequadas são essenciais.<br />
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<br />
Referências:<br />
1) Klein et al. Clinical and Functional Outcome of Childhood Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder 33 Years Later. Arch Gen Psychiatry 2012. [<a href="http://archpsyc.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=1378851" target="_blank">Link</a>]<br />
2) ADHD Medication May Improve Driving Performance. Medscape. Oct 16, 2012. Apresentado em: 25th European College of Neuropsychopharmacology (ECNP) Congress. Abstract P.7.e.002. [<a href="http://www.medscape.com/viewarticle/772699?src=mpnews&spon=12" target="_blank">Link</a>]<br />
3) Children With ADHD Say Stimulant Drugs Help Them. Medscape. Oct 15, 2012. [<a href="http://www.medscape.com/viewarticle/772620?src=mpnews&spon=12" target="_blank">Link</a>]<br />
4) Gruber et al., Impact of Sleep Extension and Restriction on Children’s Emotional Lability and Impulsivity. Pediatrics 2012. [<a href="http://pediatrics.aappublications.org/content/early/2012/10/10/peds.2012-0564.abstract" target="_blank">Link</a>]<br />
<br />
<br />Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-45870916570182639592012-10-14T16:02:00.002-03:002012-10-14T16:02:32.890-03:00Televisão em excesso torna as crianças agressivas e desatentas<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
De acordo com as orientações da Academia Americana de Pediatria, a exposição de crianças à mídia deve ser desencorajada, pois pode ter consequências negativas para a saúde e o desenvolvimento delas. Um estudo sobre consumo de mídia nos Estados Unidos demonstrou que 73% das crianças pré-escolares assistem televisão diariamente, gastando cerca de 2 horas por dia na frente de TV. No Brasil, levantamento do <a href="http://www.sophiamind.com/pesquisas/criancas-passam-37-horas-por-dia-assistindo-televisao/" target="_blank">Sophia Mind</a> mostrou que 86% das crianças brasileiras consomem, em média, 3,7 horas por dia do seu tempo livre assistindo a algum programa de televisão.</div>
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgR2BRh_L6odteWIBLgfRxlXfhmAOw8_O_RGxmJkBz9xzfiBlrDyXnnF00vPjdBw6zIgv2745bGeopGhcj7PMwTnlBWMVRgCIwbXVkAroAOcjG6pFa451ylw3HpUICDiqAQ3PDghcxAQGg/s1600/televisao.bmp" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="212" nea="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgR2BRh_L6odteWIBLgfRxlXfhmAOw8_O_RGxmJkBz9xzfiBlrDyXnnF00vPjdBw6zIgv2745bGeopGhcj7PMwTnlBWMVRgCIwbXVkAroAOcjG6pFa451ylw3HpUICDiqAQ3PDghcxAQGg/s320/televisao.bmp" width="320" /></a></div>
De fato, vários estudos mostraram efeitos positivos sobre o desenvolvimento de conteúdo educacional na TV. No entanto, também há evidências que sugerem uma associação entre o tempo de exposição e problemas comportamentais independentemente do conteúdo. Os efeitos negativos do excesso de TV e do seu conteúdo incidem principalmente sobre o comportamento agressivo e problemas de atenção.<br />
<br />
Recentemente, <span class="authorNames" id="scm6MainContent_lblAuthors">Marina Verlinden e colaboradores decidiram estudar se a quantidade, o tipo e os padrões de visualização de televisão influenciam o aparecimento ou a persistência dos problemas de comportamento externalizante e desatenção em crianças pré-escolares. O estudo foi realizado na Holando e consistiu no acompanhamento de uma amostra populacional de 3913 crianças. Os pais relataram o tempo de exposição à televisão e o tipo de programas vistos pelas crianças aos 24 e 36 meses. Os problemas de comportamento externalizante e desatenção foram avaliados através do Child Behavior Checklist, 18 e 36 meses.</span><br />
<br />
<span class="authorNames">Um dos principais resultados observados foi que uma exposição elevada e contínua à TV se associou com uma incidência duas vezes maior de problemas externalizantes (OR: 2,00; 95% CI: 1,07-3,75) e uma probabilidade 2,5 vezes maior de persistirem problemas pré-existentes de agressividade e desatenção (2,59; 1,03-6,55 ). Os autores do trabalho conceituaram como "exposição elevada" a exposição a meia hora ou mais de TV aos 18 meses e uma hora ou mais de TV aos 36 meses. O método do estudo não permite responder se há realmente uma relação de causa e efeito ou se as crianças que já possuem comportamento problemático preferem (ou são engajadas pelos pais!) assistir TV.</span><br />
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<span class="authorNames">Sabemos que as crianças são o grande alvo do mercado e a mídia tenta cativar sua audiência desde cedo. Porém, estudos como esses mostram que devemos ter cuidado com a exposição excessiva de nossas crianças à TV. Encorajar atividades físicas, sociais e o brincar pode diminuir problemas de comportamento, melhorar a capacidade cognitiva e prevenir problemas físicos como a obesidade. Cabe aos pais implementar esses hábitos desde cedo, para o bem das crianças e dos próprios pais.</span><br />
<br />
<span class="authorNames">Referência:</span><br />
<span class="authorNames">- Verlinden M et al. Television Viewing and Externalizing Problems in Preschool Children: The Generation R Study. Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine. 2012; 166(10):1-7. [<a href="http://archpedi.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=1262309" target="_blank">Link</a>]</span><br />
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Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-24605230611251650822012-10-13T12:22:00.000-03:002012-10-13T12:22:05.134-03:00Quase metade das crianças com autismo foge de casa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc4r_fQ8_EJt1y6rn-Ap8suCqKTfF_GDIGrbHpXnwuZNmt9z67KcGDCPo2sjstc0LMCYRFJMo1sMjHj-XEZvTioeiliGLWV5yfN-mpIZCFl5KZWru9IEsjRYtkO8Ufptk__DAYmuiOBow/s1600/fugindo-de-casa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" nea="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc4r_fQ8_EJt1y6rn-Ap8suCqKTfF_GDIGrbHpXnwuZNmt9z67KcGDCPo2sjstc0LMCYRFJMo1sMjHj-XEZvTioeiliGLWV5yfN-mpIZCFl5KZWru9IEsjRYtkO8Ufptk__DAYmuiOBow/s1600/fugindo-de-casa.jpg" /></a></div>
A mídia vez por outra publica reportagem sobre pessoas autistas desaparecidas. Apenas para citar alguns exemplo, o <a href="http://articles.chicagotribune.com/2012-06-21/news/chi-cops-autistic-boy-15-missing-on-south-side-20120620_1_kahil-police-officer-comer-children-s-hospital" target="_blank">Chicago Tribune</a> divulgou em junho deste ano que um garoto autista foi encontrado por policiais a mais de 40 km de distância de casa. O garoto foi encontrado correndo junto de outros garotos, mas, obviamente, completamente deslocado do grupo de desconhecidos. Em julho, a <a href="http://abcnews.go.com/blogs/headlines/2012/07/autistic-man-found-alive-after-being-lost-3-weeks-in-utah-desert/" target="_blank">ABC</a> exibiu reportagem sobre um homem autista de 28 anos que ficou perdido durante 3 semanas no deserto de Utah. O homem, que havia saído para um passei com o cachorro, sobreviveu se alimentando de raízes e sapos. No final do ano passado, a <a href="http://articles.cnn.com/2011-10-28/us/us_virginia--autistic-boy-found_1_autistic-boy-quarry-emergency-room?_s=PM:US" target="_blank">CNN</a> também havia comentado sobre o caso de um menino de 8 anos que ficou 5 dias numa floresta. O garoto havia fugido dos pais durante um passeio no parque. Nos dias seguintes, quase 6 mil voluntários se mobilizaram para percorrer todo o bosque em busca do garoto.<br />
<br />
Casos como esses não são raros. Estudo publicado neste mês na Pediatrics mostrou que 49% das crianças com autismo haviam fugido pelo menos uma vez após os quatro anos de idade. Os autores do trabalho examinaram 1218 crianças com autismo e 1076 irmãos dessas crianças sem autismo. Entre os "fujões", 26% ficaram desaparecidos tempo o suficiente para causar preocupação. Algumas crianças tentam fugir várias vezes num dia, o que causa uma sobrecarga tremenda nos familiares. Quanto mais grave o autismo, maior a probabilidade de fugir. Os irmãos sem autismo têm um risco significativamente menor de fugir (apenas 13% haviam fugido).<br />
<br />
Segundo os autores, as crianças tipicamente fogem para os lugares de que gostam, para explorar ou para escapar de uma situação aversiva. Em virtude das dificuldades sociais e comunicativas, eles têm dificuldade em conseguir ajuda para retornar para casa. Esse comportamento, longe de parecer algo banal, coloca as pessoas com autismo em grave risco de morte ou de se machucarem gravemente. Além de medidas terapêuticas específicas para lidar com as crianças que fogem com maior frequência, todos os pais devem adotar medidas gerais para dificultar o comportamento de fuga, como travas nas portas e, em casos mais graves, pulseiras ou colares de identificação.<br />
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Referência:<br />
Anderson et al. Occurrence and Family Impact of Elopement in Children With Autism Spectrum Disorders. Pediatrics 2012. [<a href="http://pediatrics.aappublications.org/content/early/2012/10/02/peds.2012-0762.abstract" target="_blank">Link</a>]Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-68095243970028711302012-08-31T10:05:00.000-03:002013-02-17T12:04:57.222-03:00Baixo consumo de ácido fólico na gravidez pode estar associado a autismo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOz4R0SoHiFmhfONuG04A_Bm7VRGDqaWoVjV4cvAhQ49bVAWoict8X_1y7R2ZTvcle8-n4tK3CObz6UjNAUbA4wKNmRshh_KK2cUECa3Dwb7hztu7S_6Fz16L6xfL6Cw4Al05t1wdP0rA/s1600/acido-folico-gestacao.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" fea="true" height="122" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOz4R0SoHiFmhfONuG04A_Bm7VRGDqaWoVjV4cvAhQ49bVAWoict8X_1y7R2ZTvcle8-n4tK3CObz6UjNAUbA4wKNmRshh_KK2cUECa3Dwb7hztu7S_6Fz16L6xfL6Cw4Al05t1wdP0rA/s200/acido-folico-gestacao.jpg" width="200" /></a></div>
<span a="undefined" c="4" closure_uid_nyzf2v="117" id="result_box" lang="pt"><span class="hps" closure_uid_nyzf2v="380">O consumo de ácido fólico antes e durante a gestação é essencial para um bom desenvolvimento da criança. Um estudo publicado</span> recentemente <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="381">no American Journal</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="382">of Clinical Nutrition</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="383">constatou</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="384">que as <b><u>mães de</u></b></span><b><u> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="385">crianças autistas</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="386">tinham consumido</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="387">menos ácido</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="388">fólico</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="389">através de alimentos</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="390">e suplementos</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="391">no início da gravidez</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="392">do que as mães</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="393">de crianças sem</span> </u></b><span class="hps" closure_uid_nyzf2v="394"><b><u>o transtorno</u></b>.</span><br closure_uid_nyzf2v="466" /><br closure_uid_nyzf2v="467" /><span class="hps" closure_uid_nyzf2v="395">Os pesquisadores entrevistaram</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="396">429</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="397">mães de</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="398">pré-escolares com</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="399">transtorno do espectro do</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="400">autismo</span><span closure_uid_nyzf2v="401">, 130 crianças</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="402">com atraso de desenvolvimento</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="403">e</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="404">278</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="405">crianças com desenvolvimento normal</span><span closure_uid_nyzf2v="406">.</span> As m<span class="hps" closure_uid_nyzf2v="407">ulheres responderam</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="408">sobre o consumo de</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="409">alimentos e suplementos</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="410">durante a gravidez para</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="411">determinar o quanto de</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="412">ácido fólico</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="413">tinham consumido</span> durante o<span class="hps" closure_uid_nyzf2v="414"> mês.</span> O consumo <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="507">médio diário de á</span><span a="undefined" c="4" closure_uid_nyzf2v="117" id="result_box" lang="pt"><span class="hps" closure_uid_nyzf2v="505">cido</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="506">fólico</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="508">foi quantificado para</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="509">cada mãe</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="510">com base na</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="511">dose,</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="512">marca e</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="513">frequência de consumo</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="514">de vitaminas</span><span closure_uid_nyzf2v="515">, suplementos</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="516">e cereais matinais</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="517">relatados</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="518">através de entrevistas</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="519">por telefone.</span></span></span><br />
<br />
<span a="undefined" c="4" closure_uid_nyzf2v="117" lang="pt"><span a="undefined" c="4" closure_uid_nyzf2v="117" lang="pt"><span class="hps" closure_uid_nyzf2v="519"></span></span><span class="hps" closure_uid_nyzf2v="415">Durante a gravidez,</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="416">as mães de crianças</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="417">sem autismo</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="418">tinham consumido</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="419">mais ácido fólico</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="420">e vitaminas</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="421">através de alimentos</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="422">que o outro grupo</span><span closure_uid_nyzf2v="423">.</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="424">Essa diferença</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="425">foi maior no</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="426">primeiro mês (P1) de gravidez</span><span closure_uid_nyzf2v="427">, quando</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="428">as mães de crianças</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="429">com desenvolvimento típico</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="430">haviam ingerido</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="431">cerca de 779</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="432">mg/</span><span class="hps" closure_uid_nyzf2v="433">dia de ácido fólico</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="434">e 69%</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="435">delas</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="436">atendiam às recomendações</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="437">diárias de vitamina</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="438">B.</span> Uma média de ingestão diária de ácido fólico de ≥ 600 mg (em comparação com <mg 600) durante o P1 foi associado com o risco reduzido autismo e as estimativas de risco diminuem com o consumo cada vez maior de ácido fólico<span class="hps" closure_uid_nyzf2v="452">. <span a="undefined" c="4" closure_uid_nyzf2v="117" id="result_box" lang="pt"><span class="hps" closure_uid_nyzf2v="576">A associação</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="577">entre o ácido fólico</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="578">e risco</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="579">reduzido</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="580">de autismo </span><span class="hps" closure_uid_nyzf2v="581">foi mais forte para</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="582">mães</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="583">e crianças com</span> uma determinada variante genética (<span class="hps" closure_uid_nyzf2v="584">MTHFR</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="585">677</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="586">C></span><span class="hps" closure_uid_nyzf2v="587">T)</span><span closure_uid_nyzf2v="590">.</span> Uma <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="592">tendência para</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="593">uma associação entre menor</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="594">ingestão de ácido</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="595">fólico</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="596">materno</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="597">durante os</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="599">3</span> meses <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="600">antes da gravidez e</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="601">atraso no desenvolvimento </span><span class="hps" closure_uid_nyzf2v="602">foi observada</span><span closure_uid_nyzf2v="603">, mas não</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="604">após o ajuste para</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="605">fatores de confusão. </span></span></span><span class="hps" closure_uid_nyzf2v="453">A relação</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="454">entre o consumo de ácido fólico</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="455">e autismo</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="456">se manteve mesmo</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="457">depois de</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="458">levar em conta fatores</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="459">como idade</span><span closure_uid_nyzf2v="460">, etnia</span><span closure_uid_nyzf2v="461">, tabagismo e</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="462">consumo de álcool</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="463">materno</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="464">durante a gravidez.</span></span><br />
<br />
<span a="undefined" c="4" closure_uid_nyzf2v="117" lang="pt"><span class="hps" closure_uid_nyzf2v="464">Em resumo, a pesquisa observou que o consumo de á<span a="undefined" c="4" closure_uid_nyzf2v="117" id="result_box" lang="pt"><span class="hps" closure_uid_nyzf2v="620">cido fólico</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="622">periconcepcional</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="621">pode reduzir o risco</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="623">de autismo </span><span class="hps" closure_uid_nyzf2v="624">em pessoas com</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="625">metabolismo do folato</span> <span class="hps" closure_uid_nyzf2v="626">ineficiente. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) tomou importante iniciativa ao lançcar nesta quinta-feira a recomendação de consumo de suplementos de ácido fólico para prevenir outros problemas graves do desenvolvimento: a anencefalia (defeito congênito na formação do cérebro e da medula) e a espinha bífida (formação anômala dos ossos da coluna vertebral). A recomendação da Febrasgo é que a mulher consuma 400 microgramas por dia de ácido fólico durante pelo menos <u><b>um mês antes</b></u> de engravidar e ao longo do primeiro trimestre de gestação - período em que o tubo neural está em pleno desenvolvimento. Daí a necessidade de <b><u>planejamento da gestação</u></b>. Outras iniciativas, como a suplementação obrigatória de ácido fólico na farinha de trigo, são de extrema importância. Essa medida já vem sendo implementada desde 2002 por determinação da Anvisa.</span></span></span></span><br />
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<span a="undefined" c="4" closure_uid_nyzf2v="117" lang="pt"><span class="hps" closure_uid_nyzf2v="464">Referência:</span></span><br />
<span a="undefined" c="4" closure_uid_nyzf2v="117" lang="pt"><span class="hps" closure_uid_nyzf2v="464">Schmidt RJ, Tancredi DJ, Ozonoff S, Hansen RL, Hartiala J, Allayee H, et al. Maternal periconceptional folic acid intake and risk of autism spectrum disorders and developmental delay in the CHARGE (CHildhood Autism Risks from Genetics and Environment) case-control study. Am J Clin Nutrition 2012. [<a href="http://ajcn.nutrition.org/content/96/1/80.abstract" target="_blank">Link</a>]</span></span><br />
<br />
<span a="undefined" c="4" closure_uid_nyzf2v="117" lang="pt"><span class="hps" closure_uid_nyzf2v="464">Veja também: Surén et al. Association Between Maternal Use of Folic Acid Supplements and Risk of Autism Spectrum Disorders in Children. JAMA 2013;309(6):570-577. [<a href="http://jama.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=1570279" target="_blank">Link</a>] </span></span>Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-25852370039807500932012-06-24T20:09:00.001-03:002012-06-24T20:10:52.588-03:00Dicas para melhorar a concentração nos estudosRecentemente, o Guia do Estudante publicou algumas dicas para melhorar a concentração na hora dos estudos. As dicas são extremamente válidas e podem ser resumidas no seguinte:<br />
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<strong><u>1) Diminua os estímulos distratores</u></strong> (ou seja: estude sozinho; desligue aparelhos eletrônicos; ambiente organizado e tranquilo; músicas, só em línguas que você não entenda).<br />
<strong><u>2) Sintetize o conteúdo</u></strong> (ou seja: escreva; use marca-texto).<br />
<strong><u>3) Repetição</u></strong> (estude antes da aulas e use-as para tirar dúvidas; estude após a aula, para aprofundar o conteúdo dado em sala; revise).<br />
<strong><u>4) Condicione-se</u></strong> (programação organizada, mas flexível; ritual de estudo; pausas regulares, mas não tão frequentes a ponto de você perder mais tempo tentando voltar a se concentrar do que concentrado efetivamente).<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1YFCN89oFVIis99T-xJ4UrRZ153er8cH3QOVWj2zVRoLisZPcxkpVg2MjmWpJwV07B-HddvDD5XxPNO4Vd1l_NgDgsvYZMABgPqvBq5Y4d_sTIDPngvo3r3Wkwyk_uoeFWwO58qZTHrE/s1600/estudando.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="133" rca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1YFCN89oFVIis99T-xJ4UrRZ153er8cH3QOVWj2zVRoLisZPcxkpVg2MjmWpJwV07B-HddvDD5XxPNO4Vd1l_NgDgsvYZMABgPqvBq5Y4d_sTIDPngvo3r3Wkwyk_uoeFWwO58qZTHrE/s200/estudando.jpg" width="200" /></a></div>
Uma importante ressalva às dicas dadas pelo Guia do Estudante se refere à sugestão sobre escutar música durante o estudo. No geral, a música age como estímulo concorrente e, portanto, distrator. A indicação de música em língua que você não entenda é justamente para diminuir o efeito distrator, mas ela pode continuar sendo distratora. Há poucos estudos sobre o efeito da música durante os estudos. Geralmente os estudos são feitos com música de fundo ("background music") e as músicas são cuidadosamente escolhidas pelos pesquisadores. Por exemplo, no estudo de Jäncke e Sandmann (2010) as músicas foram compostas especificamente para o estudo na certeza de que nenhum dos participantes conhecessem as músicas. Ou seja, as pesquisas na área não têm grande valor ecológico. Na prática, as músicas que os adolescentes costumam escutar durante o estudo não é de fundo e não foram escolhidas para aumentar performance. Geralmente são músicas que ele/ela gosta de cantarolar, mesmo quando não entende a letra. No estudo de Jäncke e Sandmann citado acima, as músicas de fundo não exerceram nenhum efeito sobre a aprendizagem verbal (positivo ou negativo). Por não termos evidências suficientes, poderíamos dizer que fica a cargo do estudante decidir se vai escutar música durante o estudo ou não, baseado em sua própria experiência se a música lhe auxilia ou prejudica no estudo. Porém, se concordarmos que a música é um estímulo concorrente ao estudo, então não se deve escutar música durante o estudo.<br />
<br />
Confira as dicas do Guia do Estudante aqui:<br />
<a href="http://guiadoestudante.abril.com.br/vestibular-enem/13-dicas-se-concentrar-hora-estudos-682308.shtml">http://guiadoestudante.abril.com.br/vestibular-enem/13-dicas-se-concentrar-hora-estudos-682308.shtml</a><br />
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A matéria encerra com um comentário bastante importante sobre TDAH da minha colega neuropediatra Cláudia Machado, do LETRA do HC-UFMG.<br />
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Referência:<br />
Jäncke L, Sandmann P. Music listening while you learn: no influence of background music on verbal learning. Behav Brain Funct. 2010 Jan 7;6:3. [<a href="http://www.behavioralandbrainfunctions.com/content/6//3" target="_blank">Link</a>]Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-55879552907824473012012-06-05T23:50:00.001-03:002012-08-31T10:09:22.341-03:00Curso sobre o PECS - atualizado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgygQWuEdCnCExgmK_J_Q9vBHfA2HLlVn9-OSMRqjt91YLkNyVHkqDTeLpfLYctw1mHY9n1zH3eIVJpQ7-SQAZCFupNZwAue10xj-lzqqPYGquQLFbEnjYmpN9bkBRXmMX6bjTPEdVGdzY/s1600/PECS.bmp" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" fba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgygQWuEdCnCExgmK_J_Q9vBHfA2HLlVn9-OSMRqjt91YLkNyVHkqDTeLpfLYctw1mHY9n1zH3eIVJpQ7-SQAZCFupNZwAue10xj-lzqqPYGquQLFbEnjYmpN9bkBRXmMX6bjTPEdVGdzY/s1600/PECS.bmp" /></a></div>
O Sistema de Comunicação por Troca de Figuras (PECS-Picture Exchange Communication System) é uma estratégia de comunicação alternativa de base analítico-comportamental desenvolvida originalmente para crianças com autismo (Bondy e Frost, 2001). O PECS tornou-se uma das intervenções mais frequentes para pessoas com pouca ou nenhuma linguagem falada. Basicamente, a pessoa é ensinada a trocar cartões com figuras de itens preferenciais e atividades. Assim, a principal, função comunicativa ensinada com PECS é o pedido (ou mando), mas outras habilidades tabém são adquiridas. Entre as vantagens do PECS estão: (a) requer poucas competências do aluno como pré-requisito, (b) é relativamente fácil de usar e de baixo custo, (c) inclui estratégias para generalização e (d) pode facilitar a linguagem falada (Bondy e Frost, 2001).<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn0RsW7EVndwKqryaBI8AW9NsFw3zO_xT3ciURu-8u75ySeZahutEoXVjRx6V11kNly95iywThXIM_U8J4jzoJUJwTowDc0SjMhSTaYR5udVBZ_3ILdm2GI4h47nnt_FZ3Up6D6gln5Gg/s1600/pecs.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" fba="true" height="130" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn0RsW7EVndwKqryaBI8AW9NsFw3zO_xT3ciURu-8u75ySeZahutEoXVjRx6V11kNly95iywThXIM_U8J4jzoJUJwTowDc0SjMhSTaYR5udVBZ_3ILdm2GI4h47nnt_FZ3Up6D6gln5Gg/s200/pecs.jpg" width="200" /></a></div>
Entretanto, apesar da aparente simplicidade da estratégia de trocas de figuras, potencializada com a disponibilização de <a href="http://www.autismonarede.com/tecnologias-inovadoras" target="_blank">softwares e hardwares</a> que tornam o processo muito mais atraente, o PECS demanda treinamento específico na técnica (ressaltando-se a necessidade de se conhecer elementos de Análise de Comportamento Aplicada) por parte dos profissionais e procedimentos de ensino bem estruturados. Para nossa sorte e benefício das pessoas com autismo, a Pyramid Educational Consultants trouxe o <a href="http://www.pecs-brazil.com/" target="_blank">PECS para o Brasil</a> e iniciará as primeiras turmas de treinamento na técnica. O curso será administrado pela fonoaudióloga Soraia Vieira, representante do PECS no Brasil. Soraia tem vasta experiência no tratamento de pessoas com autismo, adquirida ao longo de muitos anos de trabalho em Londres. Essa é uma boa oportunidade de iniciar o treinamento nessa técnica de eficácia cientificamente comprovada e poder ajudar as pessoas com autismo e seus familiares.<br />
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Evento:<br />
Curso Básico PECS<br />
Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, Rua da Bahia, 2.020 – Funcionários, CEP: 30160-012, Belo Horizonte-MG.<br />
Data: 17 e 18 de Setembro de 2012.<br />
Horário: 8.30 às 16.30<br />
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Investimento:<br />
Profissionais: R$690,00<br />
Estudantes: R$600,00<br />
Pais: R$520,00<br />
10% de desconto até 30 dias antes do curso.<br />
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Referências:<br />
<div class="msonormal">
Bondy, A. & Frost, L. (2001). The Picture Exchange Communication System. <i>Behavior Modification, 25,</i> 725-744.</div>
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Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-14756038674999550572012-05-07T00:00:00.002-03:002012-05-07T00:01:42.396-03:00Artes marciais para autismo?!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU89t888X-ugWEqkSeymkKDiFL3hUjzi3ipfb1-fDileci4SeyRaQbT_DwQ2Iov1WsE4g6mxZoTsOjKvI3c5vupy1gNi9Qbng3vbQahvKsLrq470ShNrlnjFumLP_KOmMFJKY6b2cqA_w/s1600/adult_kata_lrg.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="223" mea="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU89t888X-ugWEqkSeymkKDiFL3hUjzi3ipfb1-fDileci4SeyRaQbT_DwQ2Iov1WsE4g6mxZoTsOjKvI3c5vupy1gNi9Qbng3vbQahvKsLrq470ShNrlnjFumLP_KOmMFJKY6b2cqA_w/s320/adult_kata_lrg.jpg" width="320" /></a></div>
Pois é! Estudo recente da Universidade de Isfahan, no Irã, analisou os efeitos de 14 semanas de treinamento em técnicas de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Kata_(artes_marciais)" target="_blank">Kata</a> sobre os comportamentos estereotipados de crianças com transtornos do espectro autista (ASD). O estudo incluiu 30 crianças com ASD com idades entre 5 a 16 anos. A amostra foi dividida em dois grupos, havendo um grupo realizado os exercícios (n = 15) e um grupo controle de não-exercício (n = 15).<br />
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Os participantes do grupo de exercícios recebeu instruções sobre as técnicas de Kata quatro vezes por semana durante 14 semanas (56 sessões). As estereotipias foram avaliadas no início (pré-intervenção), na semana 14 (pós-intervenção), e após um mês de acompanhamento nos dois grupos.<br />
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Os resultados mostraram que o treinamento em técnicas de Kata reduziu significativamente as estereotipias no grupo de exercícios. Após a participação no treinamento em técnicas de Kata, as estereotipias diminuíram em média 42,54% nos participantes. Curiosamente, após 30 dias sem realizar o treinamento, as estereotipias no grupo de exercício permaneceu reduzida significativamente em comparação com a época pré-intervenção. Os participantes do grupo controle não mostraram alterações significativas nas estereotipias.<br />
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Como sabemos, atividades físicas são importantes para todo mundo e as pessoas com autismo também se beneficiam disso. O site "<a href="http://www.autismonarede.com/" target="_blank">Autismo na Rede</a>" postou recentemente em seu blog um comentário sobre um estudo que demonstrou a eficácia dos chamados "Exergames" sobre as estereotipias do autismo. Agora sabemos que ensinar técnicas de artes marciais para crianças com ASD por um longo período de tempo pode diminuir de modo duradouro os seus comportamentos estereotipados. O que não sabemos é se há algo particular no treino em artes marciais que o torne superior a outras atividades. Além disso, a prática de atividade física não prescinde outras intervenções que objetivem melhorar as dificuldade sociocomunicativas das pessoas com autismo.<br />
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Referência:<br />
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Bahrami F, Movahedi A, Marandi SM, Abedi A. Kata techniques training consistently decreases stereotypy in children with autism spectrum disorder. Res Dev Disabil. 2012 Jul;33(4):1183-93. [<a href="http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0891-4222(12)00019-4" target="_blank">Link</a>]Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-17662709359767536892012-04-16T11:49:00.000-03:002012-05-01T11:51:44.800-03:00Bebês com problemas respiratórios do sono podem ter problemas de comportamento no futuroVocê por um acaso já observou se seu filho ronca, respira pela boca ou tem episódios de apneia noturna (ou seja, faz algumas paradas respiratórias ou parece engasgar durante o sono)? Saiba que isso pode explicar as dificuldades escolares ou problemas de comportamento de seu filho, mesmo se esses problemas respiratórios tenham ocorrido apenas no passado.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglZWgEblCazqFTOfFEod_-FCBueZA89A2vLLmVPpKl0YGGM54QSk-OSVJ8cvYyQo_0J-bQxBg5AQ_ICFTlrDsSwVfJkYYb7koyTo4A8aRxaBv4oTAwVbtF1_nLXgt3jY7QFAH2BF9wMms/s1600/beb%C3%AA+dormindo.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" mea="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglZWgEblCazqFTOfFEod_-FCBueZA89A2vLLmVPpKl0YGGM54QSk-OSVJ8cvYyQo_0J-bQxBg5AQ_ICFTlrDsSwVfJkYYb7koyTo4A8aRxaBv4oTAwVbtF1_nLXgt3jY7QFAH2BF9wMms/s1600/beb%C3%AA+dormindo.jpg" /></a>Pesquisadores da Faculdade de Medicina Albert Einstein (Nova York) e da Universidade de Michigan (Ann Arbor) examinaram os efeitos sobre o comportamento dos <u>distúrbios respiratórios do sono</u> (<strong>DRS</strong>). Para isso, os pais foram perguntados sobre sintomas de DRS em ≥ 2 levantamentos aos 6, 18, 30, 42, 57 e 69 meses. Os pais também completaram o Questionário de Capacidades e Dificuldades aos 4 (n = 9140) e 7 (n = 8098) anos. </div>
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As análises produziram cinco diferentes grupos ("clusters") de trajetórias dos sintomas de DRS, que puderam prever ≈ 20% a 100% de uma maior chance de comportamento problemático, controlando para 15 possíveis fatores de confusão. Muitos desses sintomas de DRS surgiam precocemente, com picos de intensidade até mesmo antes dos 18 meses, e diminuiam durante o desenvolvimento. Entretanto, mesmo com a diminuição dos DRS, as crianças ainda apresentaram problemas de comportamento como hiperatividade, problemas de conduta, dificuldades com os colegas e distúrbios emocionais. De acordo com Karen Bonuck, principal autora do trabalho, os problemas de sono são um insulto ao corpo e à mente em desenvolvimento de uma criança. Ou seja, mesmo com uma eventual melhora dos problemas respiratórios, podem persistir algumas dificuldades cognitivas e problemas comportamentais. Isso nos alerta para o impacto sobre o desenvolvimento das crianças e adolescentes de outros problemas do sono, como privação do sono decorrente de uso até tarde de computadores, videogames, celulares e TV. Caso os distúrbios de sono sejam tratados, já há evidências de que os problemas cognitivos e de comportamento podem ser amenizados.</div>
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Enfim, neste grande estudo longitudinal de base populacional, os autores verificaram que os sintomas precoces de DRS têm efeitos estatísticos fortes e persistentes sobre o comportamento posterior na infância. Os resultados sugerem que os sintomas de DRS devem exigir atenção logo no primeiro ano de vida.<br />
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Referência:<br />
Bonuck K, Freeman K, Chervin RD, Xu L. Sleep-disordered breathing in a population-based cohort: behavioral outcomes at 4 and 7 years. Pediatrics. 2012 Apr;129(4):e857-65. [<a href="http://pediatrics.aappublications.org/content/129/4/e857.abstract" target="_blank">Link</a>]<br />
<br />Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7765112625716144464.post-33257998937687727112012-04-01T20:28:00.000-03:002012-04-01T20:28:12.977-03:00O que fazer quando o bullying é menosprezado pela escolaCrianças e adolescentes vítimas de bullying ocasionalmente pedem ajuda a seus pais para os ajudar a lidar com a situação. Devemos reconhecer que conversar com os pais ou com qualquer outra pessoa sobre ser alvo de bullying é algo que requer uma enorme coragem até mesmo para as crianças com um ótimo relacionamento com os pais, visto que ser vítima de bullying é uma experiência profundamente dolorosa e humilhante.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi12ZhX-pg_Hxp9j7iCiX9BzMDwGrBcbk1sNyuf__W5HnHtMQfsZHzYEq1zLmNscLCKWogoXIR8vnO77sPDVnR2lFT0Gijm8nyuF2WhrlhSlKZIvZM1uzj8V-yJ63l8JL6trK9qonJJBX0/s1600/bullying.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi12ZhX-pg_Hxp9j7iCiX9BzMDwGrBcbk1sNyuf__W5HnHtMQfsZHzYEq1zLmNscLCKWogoXIR8vnO77sPDVnR2lFT0Gijm8nyuF2WhrlhSlKZIvZM1uzj8V-yJ63l8JL6trK9qonJJBX0/s320/bullying.jpg" width="240" /></a>Portanto, quando as crianças falam que estão sendo intimidadas ou humilhadas, é imperativo que os pais honrem o ato corajoso da partilha e se tornem o heroi de seu filho(a). Isso não significa que os pais devem "vingar" os filhos, mas uma atitude deve ser tomada. Entretanto, infelizmente os pais recebem uma resposta decepcionante de professores e diretores da escola. Entre as respostas dadas pelos membros da escola estão:<br />
- Não vemos nada disso aqui. Isso não ocorre em nossa escola.<br />
- Isso é coisa de criança.<br />
- Seu filho tem que aprendem a lidar com a situação. A vida lá fora é mais dura do que isso.<br />
- Não acredito que o menino que você está acusando possa estar fazendo isso.<br />
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O que os pais podem fazer quando os professores menosprezam a denúncia de bullying? <a href="http://www.signewhitson.com/" target="_blank">Signe Whitson</a>, assistente social e colunista do Psychology Today, dá algumas sugestões.<br />
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A primeira coisa a fazer é continuar insistindo. Os "bullies" (nome dado aos autores de bullying) têm como alvo preferido as pessoas isoladas e, frequentemente, tentam manter sua vítima isolada. A melhor estratégia para combater o bullying é envolver o maior número de pessoas na questão. Se você procurou o professor do seu filho e recebeu uma resposta vaga, desinteressada ou negligente, não desista. Continue entrando em contato o restante da equipe escolar seguindo a cadeia de comando para se certificar de que sua voz (e mais importante, a voz de seu filho) seja ouvida. Se as suas necessidades continuam sem ser atendidas, entre em contato com a diretoria da escola, o conselho tutelar ou até mesmo a polícia caso você esteja preocupado(a) com a segurança do seu filho(a). Converse com outros pais de alunos sobre o que está acontecendo. No entanto, evite fofocas e não difame a escola ou o agressor de forma que você mesmo possa vir a ter problemas legais por sua atitude. Ao invés disso, peça a ajuda de todos e a qualquer um que esteja em posição de resolver a situação e que ajude a combater o bullying.<br />
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Segundo, tenha tudo documentado. Anote o relato do seu filho(a) sobre o incidente e registre o máximo de detalhes possível, pois a memória tende a ser curta e os detalhes podem ser facilmente distorcidos pela emoção e ao longo do tempo. Quando entrar em contato com o pessoal da escola, faça anotações sobre com quem você fala e quando. Documente as respostas dos funcionários da escola, palavra por palavra, sempre que possível. Antes da reunião com o professor, orientador ou diretor, anote seus objetivos e metas para a conversa. Depois, registre por escrito qualquer solução acordada. Solicite que todas as partes envolvidas assinem o documento para indicar o seu acordo. Documentar conversas, decisões e planos de ação acordados ajuda a manter os pais e funcionários da escola racionais, durante o que pode ser um momento emocional. O objetivo de registrar essas questões não é simplesmente para servir de provas em processos judiciais futuros, mas sim uma maneira eficaz de manter todas as partes envolvidas organizadas, informadas e orientadas a uma meta comum.<br />
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Uma postura obstinada e determinada até que as suas preocupações sejam tratadas de forma adequada é uma das coisas mais importantes que os pais podem fazer por seus filhos. Essa insistência comunica aos filhos que suas preocupações são válidas, sua segurança é fundamental, e que eles são dignos de seu tempo e esforço. Lembre-se: no momento em que seu filho(a) lhe contou sobre o bulying que ele/ela tem sofrido, ele/ela possivelmente já está lidado com o problema há algum tempo e está se sentindo derrotado (tanto psicológica quanto, possivelmente, fisicamente) e desmoralizado. Quando os pais mostram que acreditam no que seu filho(a) relatou, leva a sério as preocupações e estão dispostos a lutar por seu filho(a), a auto-estima do filho(a) pode começar a crescer novamente.<br />
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Incentivar o diálogo entre pais e filhos não serve de nada se, quando as crianças encontram a coragem de falar, eles nõa encontram apoio de seus pais. Do mesmo modo, incentivar o diálogo entre pais e escola é inútil se a equipe da escola menospreza questões como o bullying. Que tipo de mensagem os adultos estão enviando a crianças e adolescentes? Adultos não podem continuar a decepcionar as crianças e adolescentes, violar sua confiança e criar uma sensação de desesperança e impotência. Nenhuma criança, adolescente ou família deveria se achar sozinha ao navegarem nas águas perigosas e destrutivas do bullying na escola.<br />
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Texto livremente traduzido e adaptado de:<br />
Whitson S. What Parents Can Do When Bullying is Downplayed at School What can you do if school downplays your report of bullying? Publicado em 25 de março de 2012 em: <a href="http://www.psychologytoday.com/blog/passive-aggressive-diaries/201203/what-parents-can-do-when-bullying-is-downplayed-school">http://www.psychologytoday.com/blog/passive-aggressive-diaries/201203/what-parents-can-do-when-bullying-is-downplayed-school</a><br />Arthur Kummerhttp://www.blogger.com/profile/09731368603452993962noreply@blogger.com0