Correlação entre os níveis de cortisol aos 4,5 anos
e conectividade cerebral aos 18 anos. |
Esses resultados levantam questões sobre as diferenças na forma como estresse precoce afeta a vida das crianças. Sabe-se que as mulheres têm níveis mais elevados de transtornos de humor e ansiedade na adolescência e na vida adulta. O estresse sofrido precocemente pode ter relação com essas diferenças na regulação emocional em períodos mais avançados da vida. Entretanto, a relação ainda é bastante complexa e precisa ser melhor elucidada. O estudo observou que, nas meninas adolescentes, a conectividade funcional entre amígdala e CPFvm foi inversamente correlacionada com sintomas de ansiedade concorrentes, mas positivamente correlacionada com sintomas depressivos, o que pode ser inicialmente paradoxal, considerado que sintomas depressivos e ansiosos co-ocorrem em elevada frequência. Os autores destacam que, para as mulheres, os efeitos do estresse precoce e da consequente ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) pode deletérios posteriormente no processamento intrínseco de circuitos relacionados com a emoção do cérebro.
Referência:
Burghy et al. Developmental pathways to amygdala-prefrontal function and internalizing symptoms in adolescence. Nature Neuroscience 2012; 15:1736–1741.[Link]
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